Geração uruguaia se despede da Copa América com dez anos de fracassos
O Uruguai caiu da Copa América ao ser derrotado nos pênaltis pela Colômbia por 4 a 2, ontem (3), em Brasília. A saída prematura não pode ser considerada uma total surpresa. Desde que foi campeã do torneio em 2011, a seleção uruguaia acumula fracassos na competição. E agora ainda vê uma geração importante se despedir do torneio.
Quando ergueu a taça da Copa América disputada na Argentina, há 10 anos, o Uruguai ainda contava com os gols de Forlán (fez dois na final contra o Paraguai) e o capitão do time era Lugano. Cavani e Godín eram reservas e só entraram no segundo tempo da decisão. Muslera, Cáceres, Coates e Suárez, eleito melhor jogador do torneio, também jogaram o 3 a 0 sobre o Paraguai que definiu título.
Mas nunca mais houve motivos de orgulho no campeonato. O Uruguai acumulou eliminações, sem cruzar o caminho das duas seleções consideradas mais fortes do continente, Brasil e Argentina.
Em 2015, a Copa América do Chile acabou para os uruguaios contra os anfitriões, nas quartas de final, com derrota por 1 a 0. A seleção chilena seria, mais tarde, campeã ao bater a Argentina na final.
No ano seguinte, a Copa America do Centenário colocou a Celeste numa situação embaraçosa. Em terceiro no grupo C, atrás de Venezuela e México, a equipe de Óscar Tabárez se despediu sem chegar à fase eliminatória, tendo vencido apenas a Jamaica no torneio.
A penúltima edição da competição de seleções mais importante do continente teve fim para os uruguaios com enredo bem semelhante a esta. Em 2019, o empate em 0 a 0 foi com o Peru, e queda nos pênaltis. Neste ano, a igualdade sem gols se deu com a Colômbia, e nova saída antecipada sem cruzar com um rival mais tradicional no caminho.
Não bastasse a nova frustração, este deve ter sido o último ato de jogadores importantes na seleção uruguaia em uma Copa América. Com 35 anos, Muslera e Godín não devem ter condições de voltar em 2024. Aos 34, Cavani, Suárez e Cáceres têm chances remotas. Campaña, com 32, e Coates, com 30, também estão ameaçados.
Além disso, o Uruguai já imagina uma troca de comando técnico. Aos 74 anos, Óscar Tabárez já não deve estar no reservado para uma nova chance de erguer a taça.
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