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ANÁLISE

RMP: "Não sei por que o Grêmio resolveu acreditar em Tiago Nunes"

Do UOL, em São Paulo

04/07/2021 23h28

A passagem de Tiago Nunes pelo Grêmio terminou neste domingo (4). O treinador deixou o comando do Tricolor gaúcho após a derrota por 1 a 0 para o Atlético-GO em casa, pela nona rodada do Brasileirão. O time está na lanterna da competição, com apenas dois pontos ganhos em sete partidas.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Isabela Labate, Renato Maurício Prado, Mauro Cezar Pereira e Milly Lacombe - os comentaristas analisaram o trabalho de Tiago Nunes à frente do Grêmio e fizeram um balanço dos trabalhos recentes do treinador.

"O Tiago Nunes foi um bom treinador no Athletico Paranaense. Ele foi um desastre no Corinthians. Eu não sei por que o Grêmio resolveu acreditar no Tiago Nunes. Ele e o Fernando Diniz são, para mim, dois treinadores que têm muito cartaz, muita mídia, por serem mais modernos e gostarem de montar times mais ofensivos, mas não têm resultado", criticou Renato.

Tiago Nunes assumiu o comando do Grêmio após a saída de Renato Gaúcho, eliminado ainda na fase preliminar desta edição da Libertadores. Embora tenha conduzido o Tricolor ao título estadual, Tiago viu o time cair de produção no início do Brasileirão e completar uma série de sete partidas sem vitória. "No Grêmio, ele ganhou o título estadual, que serve só para iludir. Ganhou do Inter, mas do que adianta? O Grêmio está fora da Libertadores e o Inter está nela", apontou Mauro.

Antes da curta passagem pelo Grêmio, Tiago Nunes esteve no Corinthians, onde também recebeu críticas pelo seu trabalho. Sob seu comando, em 2020, o time do Parque São Jorge foi eliminado da Libertadores na fase preliminar, perdeu a final do Paulistão para o Palmeiras e teve um início de Brasileirão sem brilho.

Mauro apontou alguns dos problemas que o técnico enfrentou no Corinthians. "Ele foi muito mal no Corinthians. Chegou cercado de uma grande expectativa, de mudar a forma de o time joga. Tudo deu errado e me parece que ele também teve muita dificuldade de relacionamento com alguns jogadores, tentou colocar uma cartilha, enfim. Ele foi um pouco incisivo demais e tentou fazer as coisas de uma forma um pouco abrupta em um clube que já tinha uma identidade de jogo. Acho que essa mudança tinha que ser um pouco mais suave", completou.