Em sua melhor Copa América, Messi pode se tornar maior goleador do torneio
A Argentina está na semifinal da Copa América muito pelo que faz Lionel Messi. Só no jogo contra o Equador, ele marcou um gol e deu duas assistências. No topo do desempenho ofensivo da competição, o atacante de 34 anos tem seu melhor desempenho em todas as edições das quais participou —e ainda tem chance de se tornar o maior artilheiro da história da competição.
Considerar esta a melhor Copa América da vida de Messi se justifica nos números. Com quatro gols e quatro assistências em quatro partidas, ele tem média de duas participações em gol a cada jogo. É o artilheiro e maior "garçom" do torneio. Antes, sua melhor Copa América era a de 2016: foram cinco gols e quatro assistências até a final, com média inferior à atual.
A primeira chance que Messi teve na competição de seleções mais importante do continente foi em 2007. Com 20 anos, o craque jogou todas as partidas da seleção, fez dois gols, deu uma assistência e viu a Argentina perder a final para o Brasil.
Quatro anos mais tarde, a Copa América de 2011 acabou cedo para Messi. Com a Argentina eliminada nas quartas de final pelo Uruguai, ele deixou a competição sem marcar, mas com três assistências.
Em 2015 Messi novamente foi até a final. Acabou derrotado pelo Chile. Foram seis partidas, com um gol e quatro assistências. O desfecho foi idêntico ao do ano seguinte para seleção, mas com participação muito maior dele.
Já na edição passada, Messi foi até a semifinal, vendo a Argentina perder para o Brasil e depois ficar com o terceiro lugar. Em seis partidas, deu uma assistência e fez um gol. Mas nada se compara ao rendimento atual.
"Sempre digo que os prêmios individuais são secundários, estamos aqui por outra coisa. Quero elogiar o grupo de trabalho por tudo que está fazendo. Estamos há muitos dias longe de nossas famílias, mas temos um objetivo e só pensamos nisso", declarou Messi.
Além de líder em estatísticas, a experiência dos 34 anos lhe conferiu o posto de expoente do grupo e ídolo até mesmo para comissão técnica da qual é subordinado.
"Seguimos toda liderança do Messi. Hoje vimos novamente como ele faz a diferença, e todos tentamos acompanhá-lo. Estamos muito felizes e vamos brigar pelo título", afirmou Lautaro Martínez.
"O melhor que pode acontecer para um amante do futebol é poder desfrutar de ver Messi. Desejo que ele possa jogar por muitos anos ainda, até os adversários desfrutam de enfrentar ele", completou o técnico Lionel Scaloni.
Recordes pela frente
Messi jamais conquistou este título. Mas erguer a taça não é a única coisa em jogo nos dois compromissos que restam para Argentina na competição. Se participar de ambos, Messi irá se igualar ao chileno Sergio Livingstone como atleta com o maior número de jogos disputados na história do torneio.
Além disso, basta dois gols para ele superar Paolo Guerrero e Eduardo Vargas se tornando o maior artilheiro da história da Copa América em atividade. Se fizer cinco — quem duvida? — irá se tornar o maior goleador da história absoluta da competição.
A idade pode fazer desta a última Copa América da carreira de Messi. Em 2024, já estará com 37 anos e a presença é incerta. Mais uma motivação para atingir as poucas marcas que ainda restam para ele.
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