Neymar foi um dos principais destaques da vitória do Brasil sobre o Peru por 1 a 0, nesta segunda-feira (5), pelas semifinais da Copa América. O atacante deu a assistência para o gol marcado por Lucas Paquetá e mais uma vez mostrou como a equipe se tornou dependente de suas jogadas para sair de campo vitoriosa.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Luiza Oliveira, Mauro Cezar Pereira, Menon e Rodolfo Rodrigues - os comentaristas falaram sobre a dependência da seleção brasileira em torno de Neymar. Eles reconhecem a importância do jogador, mas cobram o técnico para haver mais opções ofensivas.
Mauro alerta para o excesso de 'poder' do atacante dentro da seleção, que pode ser prejudicial à equipe. "O Neymar é cada vez mais o dono do time, o que eu acho que pode ser bom em momentos como o de hoje [ontem] contra o Peru, que ele resolveu o jogo com uma bola para o Paquetá, e em outros momentos pode ser complicado, como foi na Copa de 2018. Nenhum jogador pode ser tão dono do time. Acho que passa bem do ponto", comentou.
Em campo, na visão de Rodolfo, Neymar justifica sua importância com bons números. "Em relação ao posicionamento do Neymar em campo, acho que ele tem funcionado bem. Nesses últimos jogos, tanto pelas eliminatórias como pela Copa América, ele rendeu muito. Foram sete gols e cinco assistências em oito jogos. Ele tem participado muito mais da partida e me parece que ele tem jogado mais para o time do que para ele mesmo, diferentemente de outra época, como em 2018, 2019. Parece estar mais focado", elogiou.
Mauro ressalta que Tite deveria fazer mais observações para aprimorar a composição ofensiva do Brasil e não ser tão dependente de Neymar. "Acho absurdo que alguns jogadores que são comprovadamente capazes, especialmente os atacantes, ele 'não aprovou, acabou'. Especialmente em um time que, no ataque, tem a solução que é só o Neymar. É um jogador que joga para ele. Deu um passe para o Paquetá, mas talvez tentaria mais um drible e fazer a finalização", criticou.
Para Rodolfo, a seleção precisa de jogadores ofensivos que estejam à altura de Neymar, o que não é a realidade atual. "Faltam alguns companheiros à altura para ele poder render até mais. Vejo Gabriel Jesus, Richarlison, Roberto Firmino, todos em um nível bem abaixo do Neymar. Não acho que cheguem nem perto dele. A seleção já teve elencos com times titulares com Romário ao lado de Rivaldo e Ronaldo. O Neymar não tem essa mesma sorte. Ele joga meio que sozinho mesmo na seleção. Tanto que, quando ele não joga ou está mal, é um caos. A seleção quase não cria", concluiu.
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