Ceni vive seu momento mais delicado e Flamengo avalia riscos de troca
Quatro derrotas em seis partidas, desempenho abaixo do esperado e insatisfação crescente. Diante deste cenário, Rogério Ceni volta ao Rio de Janeiro após o revés por 2 a 1 para o Atlético-MG e, cada vez mais pressionado, vê a corda esticar no Flamengo.
A pressão para que o presidente Rodolfo Landim e o vice-presidente de futebol Marcos Braz façam uma troca no comando vai das redes sociais aos corredores da Gávea, mas o Rubro-Negro adota a cautela como lema.
O treinador queimou alguns créditos com a cúpula com as últimas atuações, mas o Flamengo entende que os jogadores que ainda estão na Copa América —Gabigol e Everton Ribeiro— são baixas irreparáveis para o técnico, que viu seu time mutilado mais uma vez. Mesmo que com alguns atenuantes, o treinador está em sua posição mais delicada desde que assumiu. Nem mesmo após a derrota para o Ceará (em 2020), quando o profissional balançou de fato no cargo, ele esteve tão a perigo.
"Compreendo todas as críticas, entendo o torcedor. Não é natural, é importante vencer. O trabalho vem sendo feito, os jogadores vêm se empenhando ao máximo. É o nono jogo com ausências importantes. Entendo todas as críticas, mas sigo meu trabalho. Temos que ganhar os jogos para dar ânimo", disse Ceni.
A direção também encontra a escassez no mercado como um entrave. Sem muitas opções disponíveis, uma troca sem critério agora poderia comprometer os planos para a temporada. Nome que desponta entre os torcedores, Renato Gaúcho encontra resistência forte de alguns setores da direção. A regra que permite apenas uma substituição no posto também pesa.
Outro ponto considerado pelos rubro-negros é o calendário. Com a Libertadores no horizonte, existe o temor de que uma eventual mudança no comando poderia ser fatal com um jogo na próxima quarta (14) contra o Defensa y Justicia (ARG), válido pelas oitavas de final.
Além do mais, o Rubro-Negro tenta reforçar o elenco e a avaliação sobre o trabalho também passa pela análise de que o grupo carece de peças de reposição. Para piorar um pouco o cenário, Rogério convive com reações cada vez mais explícitas de insatisfação de atletas e a antipatia crescente do torcedor.
"Minha relação e o trabalho com os atletas é o mesmo desde o primeiro dia. Eu os trato da mesma maneira e sinto o retorno de cada um. Lógico que quem joga está mais feliz. Isso é natural", garantiu ele.
Com muitos cálculos a serem feitos e conversas a todo vapor nos bastidores, os rubro-negros terão uma longa quinta-feira pela frente. Em clima de extrema turbulência, o Fla se prepara para pegar no domingo (11) a Chapecoense, 18h15, no Maracanã. Resta saber se com novidades no banco de reservas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.