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"Sozinho eu não marco ninguém", diz Casemiro sobre confronto com Messi

Casemiro durante zona mista virtual da seleção brasileira; ele tem cinco partidas nesta Copa América - Reprodução/CBF TV
Casemiro durante zona mista virtual da seleção brasileira; ele tem cinco partidas nesta Copa América Imagem: Reprodução/CBF TV

Danilo Lavieri e Gabriel Carneiro

Do UOL, no Rio de Janeiro

08/07/2021 13h35

Como primeiro volante de marcação, Casemiro é considerado pelo torcedor um dos jogadores mais importantes na hora de parar Lionel Messi na final da Copa América no sábado, às 21h, contra a Argentina. O volante, no entanto, destacou que a seleção brasileira só tem um sistema defensivo forte pelo entendimento de que todos os atletas têm responsabilidade para proteger a área.

Como gosta de falar a comissão técnica, a orientação é para pressionar o adversário imediatamente após a perda da posse de bola. Ainda há conceitos como "marcar atacando" e "atacar marcando", que também dizem respeito à importância que é dada nos treinos quando o assunto é recuperar a bola e posicionar-se para evitar que o time sofra finalizações.

"Tanto no Real Madrid quanto aqui, a marcação é feita por zona. E na região que o Messi joga eu normalmente estou também, então sempre nos enfrentamos muito no decorrer do jogo. Mas eu sempre gosto de falar: sozinho eu não marco ninguém. E quando a gente marca, não é só um jogador que marca. A marcação começa desde o Neymar e o Richarlison e termina no goleiro", afirmou.

"Sei que pelo meu setor a gente tem 70% ou 80% dos mesmos movimentos, mas não sou só eu que marco o Messi e não é só ele que joga do outro lado. Tenho uma admiração muito grande por ele. Mas o poder da Argentina não é só Messi. E no Brasil não é só Casemiro que defende", completou.

Com Messi e companhia pela frente, a seleção brasileira tem mais duas sessões de treino antes de enfrentar a Argentina pela decisão da Copa América. Segundo Casemiro, que é um dos capitães deste time ao longo da competição, o foco é total na busca do título: "Não podemos deixar de falar que é uma final. Final não se joga, se ganha. Meio a zero a gente é campeão. Vai ser jogo de detalhe, porque tem jogadores de alto nível do outro lado, não é apenas um jogador. Sabemos da qualidade do Messi, mas temos que valorizar toda a seleção deles. Nós estamos trabalhando pelo melhor, mas temos que com muita dedicação e respeito saber que será jogo de detalhe e fazer o nosso melhor."

Casemiro  - Thiago Ribeiro/AGIF - Thiago Ribeiro/AGIF
Casemiro, do Brasil, domina a bola diante de jogador da Colômbia pela fase de grupos da Copa América
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Leia outras declarações de Casemiro:

Equilíbrio pedido pelo Tite

"Tudo na vida é equilíbrio. Sem dúvida, o Mister sempre pede equilíbrio, para ter isso defensivamente e ofensivamente. Claro que a seleção já vai com a qualidade dos jogadores ofensivos. Mas esse poder defensivo, ainda mais que estamos criando, é muito importante porque o futebol está demonstrando que essa solidez é importante. Mas o Brasil vai por si só na qualidade."

Confiança para sair jogando

"O principal do primeiro meio-campista é a marcação, é dar equilíbrio à equipe e sair com bom passe. Se tiver chute de fora da área e fizer gols é importantíssimo, mas nunca esquecer da característica do primeiro meio-campista. Defender e dar equilíbrio à equipe. E se tiver algo a mais é legal também."

O Brasil não enfrenta adversários fortes?

"Jogamos contra as seleções que tem que jogar. Não pode tirar o mérito de seleções que já enfrentamos, como Uruguai, Colômbia e agora Argentina. Elas fazem frente para todas as seleções. Na Eurocopa que a gente estava vendo, o jogo entre Inglaterra e Dinamarca foi muito difícil, foi definido no detalhe. Não tem equipe fácil. Tem que valorizar isso. O Peru foi o último finalista da Copa América. Não pode tirar o mérito das seleções do continente. Pelo contrário, tem que valorizar. Claro que diversificar as equipes é importante para chegar bem na Copa do Mundo, mas tem que valorizar Uruguai, Argentina, Colômbia e até o Peru que foi bem na última Copa."

Longo período de reunião

"Sem dúvida, o entrosamento é o maior benefício. Jogar uma Copa América assim, pela forma de classificar, com o Mister dando bastante oportunidade aos jogadores, até na minha função. O Fabinho entrou e foi bem, o Fred que joga do meu lado está indo muito bem, crescendo, o Paquetá é outro que está crescendo, fazendo uma grande competição. Além do entrosamento, são jogos preparatórios que você testar jogador. Não é apenas um jogo."