Flamengo vive efeito cascata com desfalques e astros em momento ruim
Parte da torcida do Flamengo já elegeu Rogério Ceni como o vilão para o momento delicado do Flamengo, mas o treinador não carrega sozinho todas as justificativas para os insucessos recentes.
Embora algumas de suas apostas não tenham dado certo, caso da escalação de Bruno Viana contra o Atlético-MG e do posicionamento de João Gomes como um homem mais aberto, o treinador tem convivido com problemas em série que vão das baixas da Copa América ao rendimento ruim de peças importantes.
Na derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, Rogério já teve o acréscimo de Arrascaeta e de Isla, mas os dois chegaram ainda sem o ritmo desejado. Sem Everton Ribeiro e Gabigol, ainda a serviço da seleção brasileira, o técnico busca soluções. Após a saída de Gerson e a lesão de Diego, o rubro-negro recolocou Willian Arão em sua posição de origem, causando mudanças na zaga e alterando a forma de jogo da equipe.
Some-se a isso o fato de jogadores fundamentais atravessarem um momento de baixa. Grandes esperanças de gols do Fla, Bruno Henrique e Pedro não têm lembrado em nada o que o torcedor se acostumou a ver. O artilheiro encarou a covid-19, viu sem nome envolvido em uma polêmica com a CBF e caiu de produção. Já o camisa 27 não está em bom momento técnico e ainda terá de tratar um estiramento na coxa diagnosticado ontem (8).
"Compreendo todas as críticas, entendo o torcedor. Não é natural, é importante vencer. O trabalho vem sendo feito, os jogadores vêm se empenhando ao máximo. É o nono jogo com ausências importantes. Entendo todas as críticas, mas sigo meu trabalho. Temos que ganhar os jogos para dar ânimo", disse o técnico.
Este período de partidas sem o grupo à disposição aumentou a pressão sobre o comandante e deixou mais evidente a importância dos astros. De lá para cá, o Fla somou cinco vitórias e quatro derrotas. Classificado às oitavas da Copa do Brasil, os atuais campeões patinam no Brasileiro e ocupam a 11ª colocação na tabela de classificação.
Com Ceni em xeque, a cúpula rubro-negra tenta esfriar a fervura enquanto avalia os riscos de uma eventual troca. Ainda longe de ter novamente o seu time em mãos, Ceni tenta sobreviver em meio ao caos e apaziguar o ambiente tenso do Nino do Urubu.
Hoje (9), o elenco se reapresenta para um novo trabalho de olho na Chapecoense, rival de domingo (11), 18h15, no Maracanã. Um novo revés será decisivo para as cenas dos próximos capítulos rubro-negros.
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