Topo

Palmeiras

Próximo presidente do Palmeiras terá bomba-relógio com contratos em 2022

Thiago Braga

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/07/2021 04h00

A eleição presidencial do Palmeiras ainda não tem data para acontecer, mas vai definir quem será o responsável por ter de lidar com a proximidade do fim do contrato de oito jogadores, entre essenciais e algumas heranças indigestas.

Segundo o colunista do UOL Danilo Lavieri, a disputa ficará entre Leila Pereira e Luiz Pastore. O pleito deve acontecer em novembro deste ano.

Na esteira dos anúncios de que Jaílson e Felipe Melo, além do diretor Anderson Barros, não terão seus vínculos — que se encerram em 31 de dezembro deste ano— renovados, quem assumir a cadeira deixada por Maurício Galiotte terá de resolver a situação contratual de peças importantes do elenco palmeirense, como Victor Luis, Marcos Rocha, Gustavo Scarpa e Willian Bigode.

Outros jogadores que têm contrato encerrando no fim de 2022 são Deyverson, Lucas Lima, Borja e Pedrão. O contrato com o técnico Abel Ferreira também vence no fim do próximo ano, mas tem a previsão de renovação automática por mais uma temporada. Recentemente o treinador inclusive foi alvo do Fenerbahçe, da Turquia, mas recusou e ficou no Verdão.

Ídolos e essenciais

Scarpa é um dos grandes destaques do Palmeiras na atual edição do Campeonato Brasileiro. Ele foi titular em nove das dez partidas do time até aqui no torneio, com dois gols marcados e seis assistências.

Com 64 gols com a camisa do Palmeiras, Willian Bigode é outro que ainda tem situação indefinida. Neste Brasileirão, participou de seis jogos, três como titular, e balançou as redes adversárias duas vezes.

Embora não tenha o mesmo prestígio de outros tempos, o lateral direito Marcos Rocha se mostrou confiável e virou uma das referências da equipe nos últimos anos.

Do outro lado do campo, na lateral esquerda, o Palmeiras pode ter problemas, já que a cada dia que passa a saída de Matías Viña fica mais próxima, Victor Luis, que ocupou a posição em boa parte desta temporada, não sabe ainda se ficará no clube que o revelou além de 2022.

O zagueiro Pedrão, que retornou de empréstimo ao Nacional, de Portugal, também tem contrato vencendo no fim de dezembro de 2022.

Medalhões problemáticos

Entre os vínculos que chegam ao fim no próximo ano estão os de três jogadores com passagens polêmicas pelo Palmeiras.

Contratado como o melhor jogador da América, após ser campeão da Libertadores com o Atlético Nacional, da Colômbia, Miguel Borja não repetiu no Verdão o sucesso que teve em seu país natal.

Borja tem contrato com o Palmeiras até o fim de 2022. Com todos os encargos, salários e premiações, o colombiano já custou quase R$ 100 milhões aos cofres do Palestra Itália. Em 112 partidas, fez 36 gols. Com boas atuações na Copa América, o Palmeiras espera enfim negociar Borja. Enquanto não resolver a situação, o Verdão poderá utilizá-lo assim que acabar a competição continental de seleções.

Lucas Lima é mais um que chegou com altas expectativas, mas que não apresentou com a camisa Alviverde o que diretoria e torcida esperavam dele. Pior, no mês passado foi flagrado por torcedores em uma festa clandestina e chegou a ser afastado. Foi reintegrado pelo grupo, mas a forma com que reagiu à punição não agradou a diretoria palmeirense. Desde o episódio da festa, não entrou em campo nenhuma vez. Com salário acima de R$ 1 milhão, o meia é mais um pepino que o (a) próximo (a) presidente terá de enfrentar.

Por fim, outro centroavante está na lista de pendências para quem assumir o Palmeiras resolver. Deyverson, que foi de herói do título do Campeonato Brasileiro a vilão pelas polêmicas em que se meteu, tem contrato até 31 de dezembro de 2022 também. Todos eles poderão assinar um pré-contrato com qualquer clube a partir de julho do próximo ano. Quem o fizer, deixará o Palmeiras ao final do vínculo, sem custos para quem os contratar.

Palmeiras