Neymar vai do choro ao longo abraço em Messi após vice da Copa América
A dor pela derrota diante da Argentina, no Maracanã, parece ter desaguado de uma vez só sobre Neymar pouco depois do apito final na decisão da Copa América. O camisa 10 do Brasil, que foi caçado pela dura e por vezes desleal marcação dos argentinos, não conseguiu segurar o choro.
A camisa amarela — suja do gramado no qual tanto caiu por conta das faltas e trombadas — por instantes serviu como cortina para encobrir o rosto desconsolável do craque. Mas não por muito tempo. As lágrimas foram expostas.
Neymar, por um momento, pareceu conversar consigo mesmo. Depois, a joelhou-se, virou as mãos em uma posição típica de quem estava orando. O teor do desabafo só ele mesmo e Deus sabem.
Como ficou fora da campanha do título de 2019, cujo desfecho foi no mesmo Maracanã, diante do Peru, Neymar ainda não sabe o que é conquistar uma Copa América.
Na campanha do vice-campeonato, o choro na final foi o segundo episódio público de emoção protagonizado por Neymar. O craque já tinha derramado lágrimas após a goleada sobre o Peru, na primeira fase. Naquela partida, ele chegara aos 68 gols pela seleção, ficando a nove de Pelé, segundo as contas da Fifa.
Neymar engoliu o chorou, ergueu-se antes de ir ao vestiário e atravessou o campo para dar um abraço em um amigo. Do outro lado estava Messi, eufórico por seu primeiro título com a seleção argentina. O carinho foi recíproco. O abraço durou 24 segundos. O camisa 10 da Argentina, inclusive, teve o cuidado de afastar os companheiros que pulavam ao lado e por pouco não se chocaram com Neymar.
"O futebol, dentro do campo, ele te traz isso. O legado maior que o esporte te dá é que ele tem o lado humano, o lado de educação, de amizade, que transcende. Então, quando teve a confraternização de outros jogadores e também entre nossa comissão técnica, em relação à comissão técnica adversária, ela passa também uma mensagem para o público. Passa uma mensagem de conduta, de que pela maior dor que se tenha, tem que ter resignação e conhecimento. Não é palavra para ser bonito ou para justificar derrota. Não estamos falando. Estamos assumindo erros e falhas, mas tem uma coisa que transcende. Talvez esteja falando aqui o Adenor, professor de Educação Física, o pai de família, o educador, que possa passar conduta, que se perde, que tem dignidade em perder e reconhecer o outro lado. Talvez essa forma como foi visto do Neymar com o Messi e outras tantas possam mostrar a grandeza do esporte", disse Tite, na coletiva pós-jogo.
Depois dos momentos de emoção à flor da pele, Neymar e Messi se sentaram à beira do túnel que leva aos vestiários do Maracanã e ficaram ali, batendo um papo. Paredes, companheiro do brasileiro no PSG, também se aproximou por um momento.
Neymar torceu pela Argentina na semifinal. Ele teve a decisão que queria. Mas o desfecho? Longe disso.
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