Tite critica antijogo e Conmebol e diz que vice não é "terra arrasada"
A seleção brasileira voltou a perder um jogo depois de 603 dias e acabou vice-campeã da Copa América, ontem (10), no Maracanã. Em entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0 diante da Argentina, com gol de Di Maria ainda no primeiro tempo, o técnico Tite fez críticas duras ao que chamou de "antijogo" dos adversários e também à organização do torneio, com menção nominal a Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol.
"Foi um jogo picotado para caramba, queríamos jogar, mas teve antijogo o tempo todo, de cavar falta, demora para bater, árbitro... Não deu ritmo, queríamos jogar. A estratégia deles era picotar. Enfim, é do jogo. Mas defensivamente eles foram uma equipe bem postada, o goleiro em grande fase, com linha de quatro defensiva com qualidade e peças de reposição. Há mérito do outro lado. Tem esse fator do antijogo, mas tem que se passar em cima disso também", afirmou o treinador brasileiro após o vice-campeonato.
Em relação à organização da Copa América não foi a primeira crítica de Tite. Ele, inclusive, já recebeu uma multa de R$ 25 mil por dizer que ela tinha sido "atabalhoada". A novidade desta vez é a citação ao dirigente máximo da Conmebol: "A organização da competição foi muito rápida, ficou devendo muito. Qualidade dos gramados, muito [ficou devendo]. Quase perdemos o Everton num treinamento, ele luxou o dedo, o gramado trancou. Foi uma exposição dos atletas excessiva. Foi de um tempo impossível numa grandeza de competição. E falo especificamente do Alejandro, o presidente da Conmebol, sobre organizar uma competição em um curto espaço de tempo."
Apesar das críticas ao antijogo da Argentina e à organização da Copa América, Tite mencionou em sua entrevista lados bons da campanha de cinco vitórias, um empate e uma derrota do Brasil. Ele lembrou que ao longo da competição colocou em campo quase todos os jogadores convocados, variando escalações e esquemas táticos, aprovou o período de 45 dias de grupo unido e disse que o vice não significa que tudo esteja perdido no ciclo de preparação para a Copa do Mundo do Qatar.
"O sentimento ele é de tristeza. Primeiro de reconhecimento do outro lado, senão a gente faz do futebol o que ganha é o bom e o que perde é terra arrasada, então tem que olhar o outro lado. Aqui tem um profissional que já tem um pouquinho de lastro para saber e reconhecer o outro lado, que tem seu trabalho, suas estratégias, seu tempo, sua qualidade técnica individual. E fez, sim, um enfrentamento com efetividade e conseguiu conquistar. Prefiro reconhecer o valor da vitória [da Argentina]", disse.
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