Flamengo se irrita com público em final e planeja ações para ter torcida
A liberação parcial de público para a final da Copa América irritou dirigentes do Flamengo e irá motivar algumas ações concretas do clube, que pretende intensificar seus esforços na CBF e na Prefeitura do Rio para ter torcida em suas partidas.
A cúpula rubro-negra tem conversado internamente sobre o tema com maior frequência desde que o Maracanã foi liberado para a decisão. O Flamengo entende que ganhou ainda mais força para argumentar e entende que será necessário costurar uma aliança com os demais clubes para triunfar na hora de tentar convencer a entidade.
Já em âmbito local, o Rubro-negro entende que tem cada vez mais razões em mãos para convencer o poder público. De acordo com dirigentes ouvidos pelo UOL Esporte, cinemas estão abertos, teatros em funcionamento, e shows já acontecem pela cidade.
Além do mais, os rubro-negros alegam que o nível de contaminação está moderado e que o risco é o menor dos previstos no decreto que regula as normas sanitárias. O presidente Rodolfo Landim quer uma conversa com o prefeito Eduardo Paes para aparar arestas, mas há algumas sinalizações de que a volta paulatina de torcida está mais próxima.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que "a Resolução 4.956 de 8 de julho de 2021 prevê que a Secretaria Municipal de Saúde poderá avaliar a presença de público nos estádios mediante apresentação dos protocolos sanitários específicos".
Ontem (11), a Conmebol divulgou comunicado no qual afirmou liberar público nas oitavas de final da Libertadores e da Sul-Americana, mas desde que haja anuência da parte das autoridades locais.
À reportagem, Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), pediu igualdade no tratamento e detonou os órgãos competentes locais:
"Quando se trata do interesse da Conmebol, nada é obstáculo para se colocar 5 ou 10 mil pessoas no estádio, de qualquer jeito, sem protocolo e sem qualquer cuidado que não seja a mímica do ilusionismo. Quando a ciência sucumbe à política ou a outros interesses, pouco se pode fazer. Aí estão o exemplo de desorganização, descaso e ofensa à saúde pública, pisoteio às regras sanitárias e total falta de coerência e critérios".
O Flamengo nunca escondeu de ninguém o desejo de ter a Nação por perto, mas o tema vai ganhando corpo, e a sensação na Gávea é de que o reencontro está mais perto.
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