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Botafogo vê pressão crescer, mas prega cautela em futuro de Chamusca

Marcelo Chamusca, técnico do Botafogo, sob olhares do presidente Durcesio Mello e do diretor de futebol Eduardo Freeland - Vitor Silva/Botafogo
Marcelo Chamusca, técnico do Botafogo, sob olhares do presidente Durcesio Mello e do diretor de futebol Eduardo Freeland Imagem: Vitor Silva/Botafogo

Alexandre Araújo e Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

13/07/2021 04h00

Tensão é uma palavra que pode definir o atual momento do Botafogo. Com um início aquém do esperado na Série B do Campeonato Brasileiro, o departamento de futebol passou a ser pressionado por todos os lados, dentro e fora dos muros do clube, e analisa a melhor solução para o cenário. O futuro de Marcelo Chamusca à frente da equipe ainda é incerto.

Com a campanha modesta do Alvinegro até aqui — com 13 pontos, ocupa o meio da tabela —, o treinador vem sendo contestado tanto internamente quanto por parte da torcida, que também passou a colocar em xeque o trabalho do diretor de futebol Eduardo Freeland. A indignação, inclusive, ganhou novo capítulo com um protesto presencial ontem (12), na porta do Nilton Santos. Na oportunidade, um grupo de torcedores conversou com o vice-presidente Vinícius Assumpção e com alguns jogadores, como o atacante Rafael Moura.

"Na tarde de hoje, a Fúria Jovem do Botafogo, de forma pacífica, realizou um protesto no Estádio Nilton Santos para cobrar os diretores o péssimo desempenho do time dentro de campo e, de forma imediata, pedir a demissão do aspirante a técnico Marcelo Chamusca", diz trecho de uma nota publicada, em rede social, por uma organizada que participou do ato.

Rafael Moura, atacante do Botafogo, conversa com torcedores que protestavam no Nilton Santos - Reprodução Twitter - Reprodução Twitter
Imagem: Reprodução Twitter

A diretoria, porém, adota cautela ao tratar o assunto diante das circunstâncias colocadas à mesa. Em crise financeira, o Botafogo não tem um forte poder de investimento e vê uma possível procura por profissionais para a vaga afunilada. Além disso, caso não haja acordo, haverá a necessidade do pagamento da rescisão de contrato, o que pesa na avaliação.

Há mais um outro ponto: em caso de demissão de Chamusca, o Alvinegro só poderia realizar mais uma contratação de técnico ao longo da Série B, em obediência à regra aprovada pelo conselho técnico da competição. Assim, a cúpula busca o máximo de análises possíveis antes de qualquer passo.

Vale lembrar que a própria diretoria, na virada da temporada, antes do acerto com Chamusca, foi ao mercado e fez contatos com alguns nomes, mas as negociações foram frustradas. Esta experiência também vem sendo lembrada nos debates e, agora, com um panorama menos favorável a oferecer, uma vez que um novo treinador assumiria com o campeonato em andamento e o elenco, em grande parte, formado.

A partida contra o Brusque, sábado, se torna mais um desafio e uma nova oportunidade para que o ambiente fique mais leve nos lados de General Severiano. O triunfo se torna essencial para que o elenco e comissão técnica ganhem um pouco de tranquilidade.

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