Botafogo vê pressão crescer, mas prega cautela em futuro de Chamusca
Tensão é uma palavra que pode definir o atual momento do Botafogo. Com um início aquém do esperado na Série B do Campeonato Brasileiro, o departamento de futebol passou a ser pressionado por todos os lados, dentro e fora dos muros do clube, e analisa a melhor solução para o cenário. O futuro de Marcelo Chamusca à frente da equipe ainda é incerto.
Com a campanha modesta do Alvinegro até aqui — com 13 pontos, ocupa o meio da tabela —, o treinador vem sendo contestado tanto internamente quanto por parte da torcida, que também passou a colocar em xeque o trabalho do diretor de futebol Eduardo Freeland. A indignação, inclusive, ganhou novo capítulo com um protesto presencial ontem (12), na porta do Nilton Santos. Na oportunidade, um grupo de torcedores conversou com o vice-presidente Vinícius Assumpção e com alguns jogadores, como o atacante Rafael Moura.
"Na tarde de hoje, a Fúria Jovem do Botafogo, de forma pacífica, realizou um protesto no Estádio Nilton Santos para cobrar os diretores o péssimo desempenho do time dentro de campo e, de forma imediata, pedir a demissão do aspirante a técnico Marcelo Chamusca", diz trecho de uma nota publicada, em rede social, por uma organizada que participou do ato.
A diretoria, porém, adota cautela ao tratar o assunto diante das circunstâncias colocadas à mesa. Em crise financeira, o Botafogo não tem um forte poder de investimento e vê uma possível procura por profissionais para a vaga afunilada. Além disso, caso não haja acordo, haverá a necessidade do pagamento da rescisão de contrato, o que pesa na avaliação.
Há mais um outro ponto: em caso de demissão de Chamusca, o Alvinegro só poderia realizar mais uma contratação de técnico ao longo da Série B, em obediência à regra aprovada pelo conselho técnico da competição. Assim, a cúpula busca o máximo de análises possíveis antes de qualquer passo.
Vale lembrar que a própria diretoria, na virada da temporada, antes do acerto com Chamusca, foi ao mercado e fez contatos com alguns nomes, mas as negociações foram frustradas. Esta experiência também vem sendo lembrada nos debates e, agora, com um panorama menos favorável a oferecer, uma vez que um novo treinador assumiria com o campeonato em andamento e o elenco, em grande parte, formado.
A partida contra o Brusque, sábado, se torna mais um desafio e uma nova oportunidade para que o ambiente fique mais leve nos lados de General Severiano. O triunfo se torna essencial para que o elenco e comissão técnica ganhem um pouco de tranquilidade.
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