Com título e vexame, Diniz joga Sul-Americana pelo quarto ano seguido
Assim que o Santos entrar em campo para enfrentar o Independiente-ARG, amanhã (15), às 19h15, na Vila Belmiro, o técnico Fernando Diniz iniciará pelo quarto ano consecutivo a disputa da Copa Sul-Americana. O comandante alvinegro coleciona bons resultados, como uma breve participação no título do Athletico-PR, mas vem de um vexame difícil de ser digerido pela torcida do São Paulo.
Foram cinco mata-matas por três clubes diferentes —além de Athletico-PR e São Paulo, ele também defendeu o Fluminense no torneio—, e o treinador levou a melhor em quatro deles. O retrospecto de Diniz marca seis vitórias, um empate e três derrotas, representando um aproveitamento de 63,3%.
Em seu primeiro ano no torneio sul-americano, deu início à trajetória vitoriosa do Athletico-PR, classificando-se na primeira fase em duelo com o Newell's Old Boys. Após ganhar por 3 a 0 na Arena da Baixada, perdeu por 2 a 1 na Argentina. Diniz, porém, não teve chance de dar sequência à campanha. Por causa de má campanha no Campeonato Brasileiro, foi demitido com o Furacão na zona de rebaixamento.
Após a saída de Diniz, Tiago Nunes assumiu o comando e levou o Athletico-PR ao inédito título, vencendo cinco mata-matas —contra Peñarol, Caracas-VEN, Bahia, Fluminense e Junior Barranquilla. Rony, Raphael Veiga, Pablo, Renan Lodi e Bruno Guimarães foram alguns dos destaques rubro-negros no ano.
Embora tenha disputado apenas um confronto no torneio, Diniz foi lembrado pelos jogadores do Athletico-PR após a conquista, que aconteceu em uma disputa por pênaltis na Arena da Baixada. "Diniz foi fundamental para a gente. Aquele 3 a 0 com o Newell's ainda era ele", lembrou o lateral Jonathan. "Queria agradecer também o Diniz, que começou esse trabalho, e depois veio o Tiago e complementou", elogiou Nikão.
O próprio Diniz acredita que teve participação na conquista do Furacão. "Foi uma semente muito forte lá na maneira de o Athletico jogar. O novo treinador acabou assumindo o time, deu sequência e os resultados vieram. Era uma questão de tempo para os resultados aparecerem e apareceu na mão de outro treinador, mas o trabalho que tenho certeza que ele foi muito bem sedimentado", disse na época em entrevista à "Tribuna do Paraná".
Derrota traumática no Morumbi
A última experiência de Diniz, porém, não foi nada agradável. Ele chegou à Copa Sul-Americana depois de ter sido eliminado com o São Paulo na primeira fase da Copa Libertadores da América em um grupo com River Plate, LDU e Binacional-PER.
Encarou o Lanús e perdeu o jogo de ida por 3 a 2. Na volta, estava levando 2 a 1 em pleno Morumbi, mas virou para 4 a 2, com gols marcados aos 42 e aos 45 minutos do segundo tempo. Três minutos depois, sofreu o terceiro gol, que acabou classificando os argentinos pelo critério de gol qualificado. No fim, o Lanús terminou com o vice-campeonato, perdendo a final para o Defensa y Justicia, então dirigido por Hernán Crespo.
A eliminação, porém, não abalou a sequência do trabalho no São Paulo. Diniz foi mantido no comando e chegou a liderar o Brasileirão até o último quarto da competição. Com uma sequência de maus resultados, acabou ultrapassado pelo Internacional, ocasionando a demissão do atual treinador do Santos.
Torneio pela metade
A campanha mais robusta de Diniz na Copa Sul-Americana aconteceu pelo Fluminense em 2019. Em um time que tinha o centroavante Pedro e o atacante Marcos Paulo como destaques, ele teve um bom início de temporada, mas tinha dificuldade para conquistar resultado positivos.
Na Copa Sul-Americana, a história foi diferente. Passou por três adversários, sendo dois deles campeões de Libertadores. Após despachar o Antofagasta-CHI, superou o Nacional de Medellín com direito a uma goleada por 4 a 1 no Maracanã. Na terceira fase, aplicou duas vitórias sobre o Peñarol.
Esse foi o fim da linha para Diniz no torneio. Sem conseguir o mesmo desempenho no Brasileirão, foi demitido após uma derrota para CSA no Maracanã, que derrubou o Tricolor para a zona de rebaixamento. Na sequência, o Fluminense foi eliminado pelo Corinthians nas quartas de final. Marcão comandou o time no primeiro jogo, interinamente, enquanto Oswaldo Oliveira assumiu o comando para a partida da queda.
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