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Morre Alberto Dualib, ex-presidente do Corinthians, aos 101 anos de idade

Alberto Dualib, ex-presidente do Corinthians - Edson Lopes Jr./UOL
Alberto Dualib, ex-presidente do Corinthians Imagem: Edson Lopes Jr./UOL

Gustavo Setti e Patrick Mesquita

Do UOL, em São Paulo

14/07/2021 01h29Atualizada em 14/07/2021 10h52

Morreu na noite de ontem, às 22h35, o ex-presidente do Corinthians Alberto Dualib, aos 101 anos de idade. Ele estava internado no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, desde o dia 13 de junho. A causa da morte não foi divulgada. O clube paulista lamentou a morte do ex-cartola em seu perfil oficial no Twitter.

O cartola comandou o Corinthians de 1993 até outubro de 2007, quando renunciou ao cargo por conta do processo de impeachment que se articulava no Conselho Deliberativo. Em 2008, o cartola passou a ser investigado pelo Ministério Público e teve seu nome excluído do quadro de sócios do Alvinegro.

No comando do Corinthians, Alberto Dualib venceu 12 títulos de expressão com a equipe principal. O presidente levantou as taças do Campeonato Paulista (1995, 1997, 1999, 2001 e 2003), Campeonato Brasileiro (1998, 1999 e 2005), Copa do Brasil (1995 e 2002), Torneio Rio-São Paulo (2002) e Mundial de Clubes (2000).

O cartola ficou marcado pela construção de uma das equipes mais emblemáticas da história do Corinthians, nos anos 1998, 1999 e 2000. Por outro lado, é apontado como um dos responsáveis pela crise que resultou no rebaixamento na temporada 2007 — o único da centenária história do clube.

Em maio de 2019, Dualib concedeu entrevista ao UOL Esporte. Já perto de completar 100 anos, o ex-cartola falou sobre temas espinhosos, como as parcerias assinadas nas décadas de 1990 e 2000, incluindo a MSI, que lhe rendeu um processo criminal nos anos seguintes. Ele foi investigado por suposta lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. No ápice da crise, decidiu entregar seu cargo. "Eu não merecia isso depois de tudo o que fiz pelo clube", afirmou. Dualib também diz que não construiria a então Arena Corinthians, hoje Neo Química Arena.

Além disso, o presidente lembrou como teria perdido milhões ao comandar o clube em quatro mandatos seguidos, recorde absoluto no São Jorge. "No tempo que eu estive lá, se o clube precisava, eu pagava. Precisava, eu pagava. Nunca conseguia retorno. Você pagar é fácil, retornar é difícil", afirmou. À época, viúvo há oito anos desde a morte da mulher, Elvira, Dualib viva assistido por três cuidadoras. Ele deixa três filhos.

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