Números e "climão" ajudaram para demissão de Chamusca no Botafogo
A demissão do técnico Marcelo Chamusca, anunciada pelo Botafogo no começo da tarde de ontem (13), aconteceu em meio à pressão interna e também da torcida, mas não apenas por isso. Além dos números analisados pela cúpula sobre todo departamento de futebol, um mal-estar causado ainda na noite de segunda-feira, após protestos em frente ao Nilton Santos, contribuiu para a concretização da saída neste momento.
Chamusca, que comandou o treino na reapresentação do time depois do empate com o Cruzeiro, no início da semana, foi chamado pela diretoria após o almoço de ontem e comunicado da decisão. Logo depois, o Alvinegro divulgou uma nota oficial informando que o treinador não fazia mais parte do quadro do clube.
Os resultados neste começo de Série B do Campeonato Brasileiro estavam abaixo do esperado pela diretoria, que estudava soluções a curto prazo. A demissão do treinador, antes assunto que gerava resistência, passou a entrar em pauta e ser debatido nos últimos dias, mas o tema ainda era tratado com cautela por conta de alguns aspectos.
Até por isso, a diretoria, na última segunda-feira, decidiu fazer uma análise detalhada de diversos pontos da comissão técnica e também de outros profissionais envolvidos diretamente com o elenco. A ideia era que o julgamento fosse o mais justo possível, sem decisões "de cabeça quente" após a partida.
Porém, o cenário teve um ingrediente a mais. Durante a tarde de segunda, alguns torcedores, incluindo membros de uma organizada, foram à porta do Nilton Santos protestar e pedir a saída de Chamusca. Após pedido destes alvinegros e uma negociação, alguns jogadores e o vice-presidente Vinicius Assumpção foram ao local conversar com os presentes. Depois do encontro, porém, foi divulgado nas redes sociais que o técnico estava mantido no cargo porque a cúpula ainda não havia encontrado um substituto no mercado.
Alguns presentes ao bate-papo, por outro lado, negam que esta tenha sido a razão concedida — a mensagem teria sido de que a análise do trabalho estava sendo feita. Porém, a questão ganhou repercussão e o departamento de futebol entendeu que a permanência do técnico se tornaria um assunto difícil de ser contornado, uma vez que a relação entre diretoria e comissão técnica, e até mesmo com o elenco, poderia sofrer possíveis consequências.
Agora, o Glorioso busca um novo treinador e tem Lisca como Plano A. Os contatos já foram iniciados e há otimismo, mas ainda com certos cuidados. Diante do atual cenário financeiro, valores são debatidos para que as partes possam chegar a um denominador comum.
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