Rafael Oliveira diz que o Palmeiras não tem estilo de jogo empolgante
Embalado por cinco vitórias consecutivas e na liderança do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras foca as atenções na Copa Libertadores. Nesta quarta-feira (14), o time de Abel Ferreira enfrenta a Universidad Católica, no estádio San Carlos de Apoquindo, pela partida de ida das oitavas de final da competição.
No Fim de Papo Libertadores, live do UOL Esporte para analisar o início do mata-mata da competição continental - com os jornalistas Mauro Cezar Pereira, Julio Gomes e Rafael Oliveira -, os comentaristas analisaram o momento do Alviverde.
Apesar da série invicta no Nacional e de ter obtido a segunda melhor campanha na fase de grupos da Libertadores - foi superado pelo Atlético-MG —, Oliveira disse acreditar que o atual campeão da América não tem um estilo de jogo vistoso para se assistir, pois essa não é a proposta de trabalho adotada pelo técnico português.
"O Palmeiras não é um time empolgante, mas não dá muito para esperar isso por causa do perfil de trabalho do Abel Ferreira. Não é exatamente este tipo de jogo que ele pretende apresentar. Em alguns momentos isso até pode ficar empolgante porque o jogo vai permitir isso", comentou.
"O Palmeiras teve o melhor ataque na fase de grupos da Libertadores [20 gols a favor] em um grupo em que enfrentou adversários dispostos também a jogar, dispostos a encarar de frente. O Independiente Del Valle foi um time com altíssimo índice de posse de bola em todos os jogos da fase de grupos, tomando iniciativa, tentando jogar e permitindo espaços. O Palmeiras do Abel se tornou mais forte, podendo criar situações para acelerar, para contra-atacar, esperar e partir em velocidade, uma ligação mais direta para o centroavante. E agora com o Deyverson isso ganha uma outra dimensão com o jogo aéreo", acrescentou.
Segundo o comentarista, a melhor opção para o Palmeiras no duelo desta quarta-feira será se a Universidad Católica estiver disposta a enfrentar o Alviverde de forma ofensiva.
"É um tipo de treinador [Abel], um tipo de jogo que tende a se adaptar ao momento do mata-mata. Vimos isso também na Libertadores passada (...) A Universidad não é um time dos mais regulares e isso pode ser bom para o Palmeiras, principalmente se o adversário chileno resolver jogar, seria o melhor dos cenários para o Palmeiras, encarar um adversário que esteja disposto a bater de frente, porque isso vai permitir os espaços para o que o Palmeiras tem sido melhor em fazer."
Já na opinião de Mauro Cezar, o Palmeiras teve 'sorte' no sorteio dos confrontos das oitavas de final ao pegar um dos adversários mais fracos deste mata-mata.
"É comparável ao duelo contra os paraguaios, Cerro Porteño [enfrenta o Fluminense] e Olimpia [duela com o Internacional]. A Católica até reagiu na fase de grupos, conseguiu se classificar numa chave que foi comandada pelo Argentinos Juniors (...) Embora tenha sido campeão chileno na temporada anterior, me parece ser um time bem mais interessante para o Palmeiras do que outros possíveis adversários. Quer trocar com o Atlético-MG [pega o Boca Juniors]? Não quer. Melhor ficar assim como está, vamos de Católica mesmo. Não dá para querer pegar Delfín todo ano", analisou ao lembrar o rival alviverde nas oitavas da temporada passada.
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