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Onda de lesões tira reforços e faz SPFC jogar Libertadores com time de 2020

Hernán Crespo, durante a partida entre São Paulo e Racing - Pool/Getty Images
Hernán Crespo, durante a partida entre São Paulo e Racing Imagem: Pool/Getty Images

Brunno Carvalho

Do UOL, em São Paulo

14/07/2021 04h00

O São Paulo voltou no tempo por causa do alto número de lesões. Os reforços contratados para a atual temporada foram ausências na primeira partida contra o Racing, ontem (13), pelas oitavas de final da Libertadores. Eder foi o único que começou jogando, mas saiu logo aos 27 minutos com um incômodo na coxa.

Foram sete contratações para a temporada. Além do já citado Eder, estão machucados o zagueiro Miranda, o volante William e o atacante Rigoni. Martín Benítez tem problemas físicos e entrou apenas no segundo tempo. "Martín está passando por um momento difícil fisicamente, então temos que ter muita atenção", explicou Crespo.

Os outros reforços foram Bruno Rodrigues, que já rescindiu o contrato de empréstimo e foi para o Famalicão, de Portugal, e Orejuela, que nem sequer foi relacionado para a partida. O clube não informou o motivo da ausência do colombiano.

Sem as contratações feitas para a temporada, coube a Hernán Crespo apostar na base. O São Paulo começou a partida com seis jogadores vindos de Cotia: Diego Costa, Liziero, Luan, Rodrigo Nestor, Igor Gomes e Welington. No decorrer do jogo ainda entraram Talles e Marquinhos, ambos com apenas 18 anos.

Dentre os atletas que já estavam no elenco desde o tempo de Fernando Diniz, Crespo ganhou alguns reforços. As boas atuações de Welington o credenciaram a assumir a posição de Reinaldo na ala esquerda, enquanto Rodrigo Nestor foi o escolhido para ocupar a vaga deixada por Benítez.

Agora, também pensando na base de Diniz que chegou a flertar com a conquista do Brasileirão 2020, dá para entender que esse São Paulo parece enfraquecido, uma vez que Luciano, artilheiro da competição, segue afastado por lesão. Enquanto seu parceiro de ataque, Brenner, hoje joga nos Estados Unidos.

Enfermaria lotada

Essa é a segunda onda de lesões que atinge o São Paulo depois do Paulistão. Logo após a conquista do Estadual, o clube conviveu com os desfalques de Benítez, Daniel Alves e Luan, todos machucados. Desde então, uma nova contusão aparece em um ritmo maior que a recuperação.

Em meio a um mar de desfalques, a boa notícia acaba sendo Liziero. O meia conviveu com lesões nas últimas temporadas, mas agora é um dos poucos que não foi ausência por problemas físicos. Ele atuou nos últimos 10 jogos do São Paulo.

As ausências foram os principais assuntos nas entrevistas coletivas de Crespo e do zagueiro Léo. O técnico argentino reclamou do calendário apertado e classificou como "crítica" a situação.

"A gente aqui trabalha o ano todo, sem férias, sem dias de folga. O calendário é esse. É assim, acontece. O problema é que é uma situação crítica e acontece que todo jogo acontece alguma coisa. Mas não tem tempo para descansar, tem que jogar a cada três dias, sempre situações importantes, sempre situações limites. É assim. Não vai mudar, é um fato, todo mundo sabe. Tentamos fazer o melhor possível", disse.

Léo evitou apontar culpados pelo momento físico da equipe. "Esse grupo é um grupo que dá orgulho de estar aqui. Quando a gente se uniu, a gente sabia que ia emendar uma temporada na outra, a gente - até junto com a nova comissão que estava chegando - sabia que poderia ter esse risco. Não tem essa de o departamento é culpado, que o jogador não está se cuidando... Não, a gente sabia que poderia acontecer. E a gente está muito ciente disso, muito tranquilo, se cuidando o máximo possível".

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