Estrela mundial, sonho de brasileiros e sumiço: a decadência de Balotelli
Mario Balotelli desde jovem chamou atenção da grande mídia, seja pelo futebol ou pelas polêmicas nos bastidores. Ele foi um dos principais astros da seleção italiana, reforço de ponto dos principais clubes do mundo e sonho de vários brasileiros 'ricos'. Hoje, com 30 anos, no entanto, o centroavante vive momento decadente e defenderá um pequeno time da Turquia.
O Adana Demirspor subiu recentemente para a primeira divisão turca e segue no mercado atrás de grandes nomes para 2021/22. Além de Balotelli, eles estão de olho no brasileiro David Luiz, que busca espaço em clubes mais tradicionais do velho continente. O italiano, por outro lado, não pensou duas vezes: apostou no projeto e assinou por três temporadas.
Mas como Balotelli passou de um dos principais nomes do cenário para virar aposta de time pequeno na Turquia após ser dispensado pelo modesto Monza, da segunda divisão italiana?
Inter de Milão
Formado nas categorias de base da Lumezzane e logo chamou a atenção da Inter de Milão, clube que defendeu entre 2007 e 2010. O jovem, então com 17 anos, conquistou seu espaço no elenco do então técnico Roberto Mancini. Após boas entradas, se firmou como titular ao lado de Ibrahimovic no ataque.
Na sua segunda temporada pela Inter, apesar de continuar se destacando em campo, o centroavante passou por uma série de desentendimentos com o então recém-chegado treinador José Mourinho, que o excluiu de vários treinamentos da equipe principal durante a temporada.
"Um rapaz como ele não pode se permitir a treinar menos do que jogadores como Figo, Córdoba e Zanetti", disse o comandante português na oportunidade.
Apesar das brigas, Balotelli contava com apoio dos torcedores. Ainda mais após as especulações da imprensa de que Ibra deixaria o time. O sueco fechou com o Barcelona, que enviou Samuel Eto'o na troca. O italiano esperava ser peça fundamental, mas acabou ofuscado pelo novo reforço.
A gota d'água de Balotelli na Inter ocorreu na temporada 2009/10, quando foi flagrado assistindo ao jogo do rival Milan com a camisa dos rubro-negros. O clima ficou pesado e, mesmo após vencer o Barcelona pela Liga dos Campeões, o italiano atirou a camisa da Inter no chão e brigou com torcedores. Foi o fim.
Manchester City
Em alta, ele fechou com o Manchester City em uma das negociações mais caras da janela: 24 milhões de libras (R$ 168,44 milhões na conversão atual). Naquele ano, Balotelli conquistou o prêmio de melhor jogador jovem do futebol europeu da temporada. Na oportunidade, ele criou nova polêmica com uma forte declaração: "Bem, só há um jogador ligeiramente mais forte que eu: Messi. Todos os outros estão atrás de mim", disse o nada modesto italiano, que na época tinha 20 anos.
Em campo, ele continuava correspondendo. O problema no City foi nos bastidores. Em 2011, ele foi multado por atirar dardos em companheiros de clube que atuavam pelo juvenil. Também foi expulso de casas noturnas após tocar em uma dançarina, o que era proibido. Por fim, o jogador incendiou a própria casa ao tentar soltar fogos de artifício dentro de seu banheiro.
Sentindo-se perseguido pela imprensa, naquela semana, Balotell surpreendeu ao comemorar o primeiro dos seus dois gols na goleada histórica de 6 a 1 sobre o rival United. Ele levantou o uniforme e mostrou uma camiseta com a pergunta "Why always me?" (Por que sempre eu?).
Milan, outros clubes e sonho de brasileiros
De volta à Itália, Balotelli novamente movimentou cifras milionárias: 20 milhões de euros (54,6 milhões de reais) na oportunidade na transferência para o Milan em 2013. O desempenho no novo clube foi regular, e sua carreira começou a despencar. Ele ainda passou pelo Liverpool e voltou ao rubro-negro italiano, mas não conseguiu se firmar. Seu último grande momento ocorreu no Nice, no qual marcou 26 gols em 38 jogos em 2017/18.
Desde então passou a marcar presença na lista de reforços desejados dos clubes mais ricos do Brasil. No meio de 2020, o Flamengo manteve conversas com o jogador, que preferiu defender o Brescia, da Itália. Em seguida, foi a vez do candidato à Presidência do Vasco Leven Siano dizer que tinha acordo com o italiano caso fosse eleito, o que não ocorreu.
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