Jogos de mineiros na Bombonera acabam em 'geladeira' para árbitros
Apitar partidas de equipes de Belo Horizonte em La Bombonera, na Argentina, se tornou motivo de dor de cabeça para os "donos do apito" nos dias seguintes aos duelos. Tal afirmação é ratificada ao considerarmos os dois últimos confrontos do Boca Juniors contra mineiros em sua casa. Na tarde de ontem (14), a Conmebol oficializou o afastamento do colombiano Andrés Rojas e do árbitro de vídeo Derlis Lopez, que trabalharam no jogo dos Xeneizes contra o Atlético-MG, primeiro das oitavas de final da Libertadores. Mas, em 2018, também aconteceu algo parecido, só que envolvendo o Cruzeiro e um juiz paraguaio.
Naquela ocasião, em 19 de setembro, o zagueiro Dedé acabou expulso por Eber Aquino, de forma grotesca, aos 29 minutos do jogo de ida das quartas de final da Libertadores. O defensor da Raposa levou cartão vermelho após dividir com o goleiro Andrada, tentando fazer o gol de cabeça.
Andrada saiu para tirar de soco, quando Dedé o acertou involuntariamente. O camisa 1 caiu desacordado no gramado, mas acordou logo depois e sofreu um corte na boca. No mesmo momento, o jogador do Cruzeiro ficou preocupado com o adversário e pediu atendimento para ele.
Quatro minutos após o lance, Aquino resolveu consultar o VAR para analisar possível maldade do defensor do time mineiro. O paraguaio concluiu que Dedé foi imprudente e o expulsou. O Cruzeiro já perdia por 1 a 0 e, menos de dez minutos depois do cartão vermelho, sofreu o segundo gol.
Dias depois, após analisar o lance, a Conmebol anulou a expulsão do jogador cruzeirense e suspendeu o árbitro por tempo indeterminado.
Boca x Atlético-MG
Na partida da última terça-feira (13), além de demonstrar total insegurança e de perder o controle disciplinar dos atletas, o colombiano Andrés Rojas caiu na ira dos argentinos após anular o gol de Diego González, marcado aos 34 minutos da segunda etapa e que daria a vitória aos donos da casa sobre o Galo.
O grande incômodo dos Xeneizes foi que o árbitro havia validado o gol, até ser pressionado por Nacho Fernández, meia do Alvinegro, e demais companheiros de time. Ao pedir auxílio da cabine do VAR, ele se dirigiu ao monitor e, em menos de 2 minutos, observou empurrão de Briasco em Nathan Silva, zagueiro da equipe brasileira.
Após o jogo, o técnico Miguel Ángel Russo esbravejou e afirmou que jamais havia visto algo parecido no futebol. Ele reclamou que os jogadores do Atlético-MG se recusaram a dar a saída de bola no meio do campo e que Nacho Fernández conduziu o trabalho do árbitro até que o mesmo decidisse por consultar o recurso de tira-tema. Jogadores do Boca e a imprensa local também usaram as redes sociais para mostrar toda a indignação.
Menos de 24 horas após o confronto em La Bombonera, a Conmebol emitiu comunicado, oficializando a suspensão. O ofício foi assinado pelo brasileiro Wilson Seneme, presidente da comissão de arbitragem da entidade maior do futebol sul-americano. Confira:
"Considerando as atuações do Sr. Andrés Rojas, árbitro principal, e do Sr. Delis Lopez, árbitro VAR, designados para a partida, foram analisadas tecnicamente por esta comissão (de arbitragem da Conmebol), concluindo que os mesmos tiveram erros graves no exercício de suas funções no desenrolar do duelo, pontualmente na seguinte situação: Minuto 34 - anulação do gol do Boca Juniors (ARG), por suposta falta.
Em consequência, a Conmebol resolve suspender os árbitros por tempo indeterminado no exercício de suas funções, em competições organizadas pela entidade".
Atlético-MG e Boca Juniors voltam a se enfrentar na próxima terça-feira (20), a partir das 19h15 (de Brasília), no Mineirão.
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