Palmeiras: Abel enaltece grupo e rechaça ideia de favoritismo no Brasileiro
Líder isolado do Campeonato Brasileiro após vencer o Atlético-GO neste domingo por 3 a 0, com 28 pontos ganhos em 12 rodadas disputadas, o Palmeiras começa a ser apontado como o grande favorito ao título desta temporada. Para o técnico Abel Ferreira, no entanto, é muito cedo para que sua equipe ganhe essa pressão de ser o time a ser batido na competição nacional. O comandante do Verdão rechaçou a ideia, mas fez elogios a vários nomes de seu elenco.
"O Brasileirão é um dos campeonatos mais competitivos do mundo e ainda estamos na 12ª rodada. Vivemos no 8 ou 80 aqui, hoje sou 8 e amanhã sou 80. As coisas não são assim. Este jogo vale apenas mais três pontos, estamos na 12ª rodada, ainda nem no meio do campeonato chegamos e faltam 26 rodadas. Temos que pensar jogo a jogo. Cada jogo vale três pontos, nem mais, nem menos", cravou o treinador do Palmeiras.
Depois de ser muito criticado no início da temporada após as perdas de título na Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil e também ser eliminado para o CRB, na Copa do Brasil, o treinador volta a ser elogiado pelos palmeirenses. Já são sete jogos seguidos com vitória, o que resultou na escalada da equipe ao topo da tabela no Brasileirão.
Na visão do português, os méritos são dos jogadores que não deixaram de trabalhar com seriedade mesmo nos piores momentos e agora colhem os frutos de sua dedicação. Abel foi enfático ao afirmar que a sequência positiva uma hora será encerrada, mas que durante os compromissos do Palmeiras na temporada não haverá falta de entrega.
"Tem a ver com o momento de trabalho, mas a equipe técnica é a mesma que ganhou a Copa Libertadores e a Copa do Brasil do ano passado e que perdeu a Supercopa e a Recopa e ficou fora caindo para o CRB. Não vamos ganhar sempre, mas vamos lutar sempre para ganhar. Isso é fruto de um trabalho coletivo, de uma organização que a equipe tem. É muito fruto da vontade dos nossos jogadores em ter essa cultura de vitória, essa disciplina, esse vigor que demonstraram hoje em campo. É fruto de muito trabalho e isso reflete-se no desempenho dentro de campo", explicou o treinador.
Depois de bater o Atlético-GO, por 3 a 0, mesmo atuando fora de casa, o Palmeiras agora foca na Copa Libertadores. Na próxima quarta-feira (21), o Verdão recebe a Universidad Católica, do Chile, pelo segundo e decisivo jogo das oitavas de final do torneio sul-americano. Na ida, em Santiago, o Alviverde venceu por 1 a 0.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Abel Ferreira:
Sobre estratégia para a partida
"Jogar na máxima força é o que procuramos sempre fazer, foi assim que fizemos no ano passado. Tem a ver com a forma que acreditamos em todos os jogadores. Se estão no Palmeiras é porque são bons jogadores. Às vezes tem a questão da forma, com os jogadores também é assim. O segredo é esse: gestão de energia e jogar na máxima força. São os melhores agora, quando ganha o treinador é inteligente e o time jogou bem. Se perde, não deveríamos ter feito tal coisa. Tenho que focar no nosso processo e continuar assim".
Sobre o lado esquerdo da equipe
"O futebol é tempo e espaço e temos que aproveitar o espaço que temos e o que o adversário nos dá. Se eu demorar muito tempo para circular a bola da esquerda para a direita, o espaço se fecha. Nesse binômio de tempo e espaço acredito que conseguimos aproveitar. Temos três rotas de ataque e fomos bem pelo lado esquerdo, foi uma leitura inteligente da nossa equipe".
Sobre Dudu
"Temos uma equipe muito competitiva e, portanto, temos que ter calma com o Dudu. Ele sabe que a concorrência é forte, é a minha filosofia ter dois jogadores por posição do mesmo nível. Temos que ter calma, dar tempo a ele para que tenha disponibilidade mental de nos ajudar e conquistar troféus coletivos, os individuais ele já conquistou. É isso que queremos, que ele esteja sempre disponível para ajudar o grupo. É mais um para nos ajudar. Se querem uma prova disso basta ver o passe do Deyverson hoje, que poderia ter sido egoísta. Para mim, enquanto treinador e líder do Palmeiras, aquilo vale muito mais que um gol, vale espírito coletivo. O futebol é coletivo, todos temos que trabalhar para a equipe. Esse passe representa o espírito do Palmeiras".
Sobre a evolução do Zé Raphael
"As coisas são muito intensas, temos que tirar o chapéu ao Zé Raphael. Quando eu cheguei, ele estava em uma forma excelente, depois passou por um período muito difícil, passou por um período de críticas muito duras, mas ele nunca desistiu. Trabalhou sempre com caráter e responsabilidade, renovou o contrato, houve quem questionasse essa renovação, mas é um guerreiro, um trabalhador, um jogador de equipe. Não podemos ter apenas tocadores de piano. Uma orquestra não tem apenas aquele que toca o trombone. O Zé é um jogador inteligente, joga sem a bola. Eu não gosto de falar de forma individual, mas ele soube manter o foco e o equilíbrio. É tudo mérito dele e espero que ele se mantenha assim".
Sobre o momento de Felipe Melo
"Tem jogado bem. A diretoria foi muito clara em relação ao que ele disse. Disse que era uma questão que a próxima diretoria iria decidir. Eu, como treinador, estou muito contente com o Felipe Melo, com o que ele jogou e como liderou a equipe. No jogo passado esteve no banco. Preciso que liderem a equipe, que sejam os primeiros a dar o exemplo de profissionalismo e seriedade. Tenho isso no Felipe Melo e espero que ele continue assim. A equipe precisa dele".
O Palmeiras poupou pensando na Copa Libertadores?
"Desde que cheguei ao clube não é a primeira vez que faço isso. É uma prova que confio em todos os jogadores que estão no Palmeiras, desde que eles trabalhem no limite. Esta cultura de vitória é como nos preparamos para os jogos, é isso que nós queremos manter".
Sobre sondagens a nomes do elenco
"A diretoria fez um comunicado. foi muito clara em relação ao que era prioridade. Está claro para todos, está claro para mim. Não vale a pena comentar sobre isso, é sinal que estamos fazendo um bom trabalho".
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