Everson vira herói nos pênaltis e Galo elimina o Boca na Libertadores
Mesmo resultado, posturas diferentes. Assim pode ser traduzido o confronto entre Atlético-MG e Boca Juniors, realizado nesta terça-feira (20), no Mineirão. Se o empate sem gol na Bombonera foi sem graça e de poucas oportunidades, em BH, foram mais 90 minutos com o zero no placar, mas num duelo quente e movimentado. Após muita emoção e decisão por pênaltis, deu Galo na cabeça e com o goleiro Everson sendo herói ao defender duas cobranças e, como se não bastasse, ainda converter a última cobrança para assegurar a classificação.
Com seis canecos da Libertadores, os Xeneizes ficaram pelo caminho nas oitavas da atual edição do torneio de clubes mais importante da América do Sul — depois de ter alcançado no mínimo as semifinais nas três temporadas anteriores.
Na próxima fase, o time mineiro terá pela frente mais um adversário argentino. O Galo fica no aguardo do confronto entre River Plate e Argentinos Juniors, amanhã (21). O primeiro duelo terminou empatado em 1 a 1 no Monumental de Nuñez.
Sem balançar a rede nos dois duelos, Atlético-MG e Boca decidiram a classificação em cobranças de pênaltis. Logo na primeira batida, um dos craques do Galo desperdiçaram a chance. Hulk, que abriu a série, acertou a trave direita de Rossi. Hyoran também perdeu, escorregando antes de bater na bola. Mas eles tinham Éverson na retaguarda.
Éverson herói
Além de defender duas cobranças —de Sebastian Villa e Esteban Rolón— e de ver Carlos Izquierdoz chutar para fora, o goleiro atleticano foi o responsável pela última cobrança. Nome do jogo, sem dúvida alguma! Isso depois de ter tomado um grande susto durante o tempo regulamentar...
Falha, gol do Boca e Var em ação
Aos 17 minutos da segunda etapa, aconteceu o que os atleticanos mais temiam. Após falha de Everson, que não conseguiu encaixar a bola em falta alçada na área, o time argentino abriu o placar com Weigandt. Contudo, assim como aconteceu em Buenos Aires, o Galo foi "salvo" pela análise do VAR.
Ostojich foi chamado pelo árbitro de vídeo para conferir a jogada e observou posição ilegal de um dos jogadores do Boca. Com isso, o que seria uma tragédia para os donos da casa se transformou em alívio.
Confusão no VAR
Assim que o árbitro uruguaio foi fazer consulta ao VAR, os jogadores do Atlético-MG tentaram impedir que os argentinos se aproximassem para pressionar o dono do apito. Foi o suficiente para que uma confusão começasse no gramado. Depois do empurra-empurra, que envolveu atletas e também membros das comissões técnicas, o ex-goleiro Victor, gerente do Galo, e um auxiliar de Russo receberam cartão vermelho. Por causa da paralisação, foram dados oito minutos de acréscimos assim que o cronômetro apontou os 45 minutos.
Apoio da família
Na chegada da delegação do Atlético-MG ao Mineirão, o técnico Cuca teve apoio especial. A mulher e a filha se juntaram aos milhares de torcedores que foram até a porta do estádio para recepcionar o time. Os atleticanos fizeram a tradicional rua de fogo. Ao UOL, Natasha, uma das filhas do comandante, disse: "muito emocionante essa festa".
Pelo centésimo
A partida contra o Boca Juniors-ARG foi a 99ª do Galo pela Libertadores. Um dos objetivos antes de a bola rolar no Gigante da Pampulha era a classificação para completar a centésima no primeiro confronto das quartas de final.
Mudança de esquema
Ao contrário do primeiro jogo na Argentina, que acabou empatado em 0 a 0, o técnico Cuca mudou a formação do Alvinegro e, ao invés dos três zagueiros, promoveu o retorno do lateral-esquerdo Dodô. Réver, que ainda se recupera de uma luxação no cotovelo, foi para o banco de reservas
Quem foi bem: Hulk e Allan
Sem dúvida alguma, Hulk foi o principal personagem do Atlético-MG no duelo de volta das oitavas de final. Bastante ativo na partida, o paraíbano deu "espírito de Libertadores" ao time mineiro e dor de cabeça aos argentinos.
Assim como o camisa 7, o volante Allan também se mostrou um "leão" dentro de campo. Firme na marcação, ele foi responsável por segurar as investidas nos Xeneizes no meio de campo.
Quem foi mal: Zaracho e Savarino
Apesar de terem sido os protagonistas de duas das melhores jogadas do Atlético-MG ao longo do mais de 90 minutos de bola rolando em BH, o argentino e o venezuelano não estavam inspirados nesta noite. Eles tiveram rendimento aquém do esperado.
Primeiro tempo movimentado
Querendo evitar a decisão por pênaltis, o Atlético-MG tentou abrir o placar desde os primeiros minutos de bola rolando em Belo Horizonte. Logo aos três, o argentino Zaracho teve grande oportunidade para tal, mas, livre na entrada da grande área, acabou sendo interceptado pelo goleiro Rossi. Essa, inclusive, foi a melhor chance dos donos da casa nos primeiros 45 minutos.
Como de costume, o Boca não demonstrou pressa. Quando achava espaço, os comandados de Miguel Ángel Russo chegavam ao gol de Everson e levavam perigo ao gol do atleticano. Villa, de chute fora da área, criou a melhor chance dos Xeneizes nos 45 primeiros minutos de partida.
Clima quente
Tanto no primeiro quanto no segundo tempo, os jogadores de Galo e Boca fizeram um duelo firme que, em alguma situações, acabou em discussão. Porém, ao contrário do que fez o colombiano Andrés Rojas, na Bombonera, o uruguaio Daniel Ostojich conseguiu se impor e segurar o ímpeto dos atletas.
O final de jogo, com bola rolando, não foi, então, de muitas emoções. Estava tudo reservado para os pênaltis, com Éverson se redimindo daquela sua falha que havia sido anulada.
Ficha Técnica:
Atlético-MG 0 (3)x (1) 0 Boca Juniors-ARG
Motivo: Partida de volta das oitavas de final da Libertadores
Data: 20 de julho de 2021 (terça-feira)
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Horário: 19h15 (de Brasília)
Árbitro: Esteban Daniel Ostojich Vegah (URU)
Gol: -
Cartão amarelo: Nathan Silva, Hulk e Nacho (ATL); Sández, Rojo e Weigandt (BOC)
Cartão vermelho: -
ATLÉTICO-MG: Everson; Mariano, Junior Alonso, Nathan Silva, Dodô (Calebe); Allan (Hyoran), Tche Tche (Sasha), Zaracho (Alan Franco), Nacho Fernández; Savarino (Borrero) e Hulk. Técnico: Cuca
BOCA JUNIORS (ARG): Rossi; Weigandt, Izquierdoz, Rojo e Sandez; D. González (Campuzano), Rolón e Medina; Pavón, Briasco (Orsini) e Villa. Técnico: Miguel Ángel Russo
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