Delegação do Boca Juniors segue detida em BH após briga na Libertadores
A delegação do Boca Juniors continua detida em frente a uma delegacia em Belo Horizonte, sem previsão de liberação, após a briga de ontem depois do apito final na partida contra o Atlético-MG, válida pelas oitavas de final da Libertadores.
11 vítimas foram ouvidas durante a madrugada e, na manhã de hoje, começaram a ser ouvidos os oito detidos. São eles o goleiro Javier Garcia, os zagueiros Carlos Zambrano, Carlos Izquierdos e Marcos Rojo, o atacante Sebastián Villa, além do preparador de goleiros Fernando Gayoso, o auxiliar Leandro Somoza e o dirigente Raul Cascin. De acordo com a Polícia Militar, eles podem responder pelos crimes de lesão corporal, agressão e depredação de patrimônio público.
O restante da delegação passou a noite em frente à delegacia aguardando a liberação dos detidos. Dois ônibus e uma van permanecem em frente à central de flagrantes de Belo Horizonte.
O voo de volta para a Argentina estava previsto para a última madrugada, mas como o grupo ainda está no Distrito Policial, o retorno foi remarcado para às 15h30 de hoje. A expectativa é que eles sejam liberados no início da tarde.
O que diz o Boca
De acordo com a diretoria do Boca, o quebra-quebra do Mineirão foi iniciado como uma reação às provocações do presidente do Atlético-MG, Sergio Coelho, que estava no local e irritou os jogadores, que já vinham revoltados pela anulação dos dois gols (um na Bombonera e outro no Mineirão).
O primeiro objeto arremessado partiu do ex-volante Raúl Cascini, integrante do Conselho de Futebol do time argentino, desencadeando a confusão filmada e que gera uma confusão diplomática entre os países.
As TVs e rádios da argentina manifestam pesadas críticas à conduta do presidente e da polícia mineira. "Isso sempre acontece no Brasil", reclamou Juan Román Riquelme em entrevista ao canal de TV Tyc Sports.
Pela prisão e demorada para a chegada da delegação do Boca a Buenos Aires, o próximo jogo da equipe (sábado contra o Banfield pelo Campeonato Argentino) será adiado.
A Ministra de Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, já declarou que pretende isolar os integrantes do Boca na volta a Buenos Aires. "Afinal, tiveram contatos que não estavam previstos", afirmou à Rádio La Red.
Confusão
A confusão provocada pela delegação do Boca Juniors após a eliminação da Libertadores para o Atlético-MG, na noite de ontem (20), teve de ser contida à força. Os argentinos foram detidos pela Polícia Militar de Minas Gerais e levados à delegacia.
Os policiais analisaram imagens do circuito interno de vigilância do Mineirão para identificar os envolvidos, que foram levados para a Central de Flagrantes (Ceflan 4), no bairro Alípio de Melo, região Noroeste de Belo Horizonte.
Incidentes começaram logo após o fim do jogo
Imagens que circularam em redes sociais mostraram membros do elenco do Boca Juniors em situações agressivas, tentando invadir o vestiário do Atlético e usando até um extintor de incêndio como arma para o confronto. O incidente também teve atos de vandalismo, como a quebra de TVs, grades e bebedouros.
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