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Clubes entendem que liga deve ser associação e não empresa

Rodolfo Landim e Guilherme Bellintani, presidentes de Flamengo e Bahia, falam sobre criação da Liga de clubes - Igor Siqueira/UOL Esporte
Rodolfo Landim e Guilherme Bellintani, presidentes de Flamengo e Bahia, falam sobre criação da Liga de clubes Imagem: Igor Siqueira/UOL Esporte

Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

22/07/2021 21h11

A reunião por videoconferência da qual os clubes participaram hoje (22) a respeito da nova liga trouxe poucos avanços, mas já há o caminho que o novo bloco deve nascer como associação e não como empresa.

Além disso, os presidentes deixaram o encontro, que durou cerca de quatro horas, com o "dever de casa" de pensar sobre os itens que vão compor o estatuto. Um novo encontro — presencial — é esperado para a próxima semana, ainda sem data confirmada.

A definição de que a liga deve ser associação é direcionada por aspectos jurídicos da natureza dos clubes. Como a maioria compõe o sistema associativo, eles não podem se tornar sócios ou fazer adesão a uma sociedade empresarial.

É um dilema similar ao que já ocorre na discussão da migração ou não para o clube-empresa, com objetivo de receber dinheiro privado. Pela legislação brasileira, quem é associativo sem fins lucrativos não está apto a receber investimentos de forma direta, com participação societária. Por isso, há clubes se movimentando para criar uma empresa (Sociedade Anônima do Futebol, por exemplo) para abarcar o capital a ser usado na gestão do futebol.

No encontro virtual, os grupos de trabalho fizeram apresentações dos possíveis itens do estatuto. Os representantes dos clubes se debruçaram sobre a arquitetura de ligas do exterior. De todo modo, há uma perspectiva de conseguir assinar o estatuto da liga em uma reunião posterior, dia 9 de agosto.