A Libertadores terá um clássico paulista nas quartas de final. O Palmeiras eliminou a Universidad Católica ao vencer por 1 a 0 nesta quarta-feira (21) e terá pela frente o São Paulo, que tirou o Racing da competição. Atlético-MG e Flamengo também se garantiram nesta fase, que pode ter seis clubes brasileiros caso Internacional e Fluminense se classifiquem contra Olimpia e Cerro Porteño, respectivamente.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Vinícius Mesquita, Renato Maurício Prado, Menon e Marluci Martins - os comentaristas analisaram a situação dos clubes brasileiros na Libertadores. Eles deram seus palpites e analisaram os duelos das quartas, em especial o clássico entre São Paulo e Palmeiras.
Renato vê muito equilíbrio no duelo entre São Paulo e Palmeiras. "Não aposto em ninguém e não acredito em tabu. É o grande duelo das quartas, disparado. Não vejo favoritismo. Acho o Hernán Crespo melhor técnico, mas reconheço o Abel Ferreira como um resultadista bem-sucedido. O Palmeiras joga melhor quando o adversário propõe o jogo contra ele. Sempre que ele tem que propor, tem mais dificuldades. Será um duelo tático interessantíssimo, porque o Crespo gosta de propor o jogo", avaliou.
O encontro reserva um tabu: o São Paulo jamais perdeu para o Palmeiras na Libertadores. Em oito jogos, foram seis vitórias do Tricolor e dois empates. Seis desses duelos foram em mata-matas (todos pelas oitavas de fina), com os são paulinos levando a melhor em todas: foi assim em 1994, 2005 e 2006.
Marluci não leva tanto esse tabu em consideração ao analisar o clássico. "Não acredito em tabu. É bom para fazer pauta. Como curiosidade, é legal para estimular torcedores e jogadores. Tabu não significa favoritismo. Bola rolando é o que define. Não sei se a final da Libertadores vai ser tão boa como esse jogo", opinou.
Menon acha que não há um grande favorito. "Vai ser um jogo bom. Em um campeonato de pontos corridos, o Palmeiras vai melhor do que o São Paulo. Mas em dois jogos as diferenças ficam mais curtas. É um jogão", disse.
Com relação aos demais times brasileiros, Renato se mostrou pouco animado com as chances do Atlético-MG, que encara o River Plate nas quartas. "O Atlético-MG se enrolou nos jogos contra o Boca Juniors. Não vejo o time jogando o futebol que se espera dele com o elenco que tem", comentou.
Marluci também vê o Galo em situação desfavorável. "O Atlético-MG deu sorte, pois não jogou bem contra o Boca. Hulk, um dos melhores do Brasileirão, estava irreconhecível. Brigou com árbitro, levou cartão amarelo, perdeu pênalti... Foi uma atuação estranha. O Atlético-MG não está mostrando o que se esperava dele nas oitavas. Vai pegar um adversário mais forte do que o Boca. É o clube brasileiro que vai ter mais dificuldade", destacou.
Para Menon, o Fluminense tem boas chances de chegar longe: "O Flu me parece um time talhado para decisões de copas. Em uma noite inspirada, pode surpreender. É um time que pode estar na semifinal. Se houver um Fla-Flu, não é um jogo de favas contadas". Já Renato discorda: "O Fluminense não passa do Barcelona de Guayaquil, que é um time chato". Ambos, porém, acham que o Flu se classifica diante do Cerro Porteño, já que venceu o duelo de ida por 2 a 0 no Paraguai
Renato considera o Flamengo um dos principais favoritos ao título da Libertadores, mas frisa que o time não terá vida fácil caso enfrente o Internacional nas quartas. "Neste duelo, o Fla é favorito, mas jogo contra o Inter é sempre cascudo", finalizou.
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