Após 3 anos, Roger ainda reverá parte do Palmeiras com quem não "deu liga"
Roger Machado foi demitido do Palmeiras em 26 de julho de 2018, exatos três anos a partir da próxima segunda-feira (26). Dois dias antes, neste sábado (24), às 19h, ele retorna ao Allianz Parque no comando justamente do seu algoz na ocasião, o Fluminense. A derrota por 1 a 0 para o Tricolor, no Maracanã, em 25 de julho daquele ano, foi o último jogo do técnico à frente do time alviverde.
Do outro lado do campo, Roger vai se deparar com diversos atletas que estavam no grupo comandado por ele três anos atrás. Grupo sobre o qual, de acordo com a avaliação da cúpula palestrina na época, ele perdeu a voz de comando, e por isso perdeu também o cargo. Roger só não encontrará o técnico Abel Ferreira, suspenso por ter recebido três cartões amarelos. João Martins comanda o Verdão.
Aproveitamento superior ao atual de Abel
Este será o segundo reencontro de Roger Machado com o estádio palmeirense. Em agosto de 2019, com o Bahia, arrancou um 2 a 2. Na ocasião, também enfrentou boa parte de seus ex-comandados, mas o intervalo entre aquela partida e a saída era bem menor.
O técnico ficou sete meses à frente do Palmeiras e deixou ótima impressão pessoal em quem trabalhou com ele. No campo, teve números muito bons, também. Deixou o clube com 68% de aproveitamento dos pontos em 44 jogos.
Para se ter uma ideia, na análise fria dos números, Roger deixou o Palmeiras com desempenho melhor do que Abel Ferreira tem hoje: 64% em 69 partidas. Mas Roger foi só vice-campeão paulista. Já Abel conquistou uma Libertadores e uma Copa do Brasil.
Do último time escalado por Roger Machado no Palmeiras, contra o Flu, contando reservas, 11 jogadores seguem no elenco: Weverton, Marcos Rocha, Felipe Melo, Scarpa, Dudu, Willian, Mayke, Deyverson, Lucas Lima, Luan e Victor Luis.
Faltou liga com o grupo
Antes da contratação, Roger foi avaliado pela então diretoria e pelo presidente Mauricio Galiotte como um técnico jovem e moderno, ainda que com necessidade de amadurecimento. Era quase perfeito para o projeto do clube. Mas, no meio do caminho, havia o vestiário —leia-se os jogadores, que não partilhavam necessariamente dessa opinião.
Não houve boicote ou algo parecido. Mas também não houve liga, para usar um termo popular. Alguns jogadores se ressentiam de não haver uma rodagem maior do elenco, para todo mundo jogar mais, processo que é o preço a se pagar quando se tem um elenco que permite a formação de dois times competitivos, como já era o caso naquela temporada.
Por esse e outros motivos, a avaliação na época foi de que Roger já não tinha voz de comando respeitada pelo grupo. Ele havia "perdido o vestiário", como se diz no jargão. E quando isso acontece, o treinador, normalmente, perde também o emprego.
A subsequente chegada de Felipão não foi ao acaso. Veio para suprir exatamente essa lacuna de Roger, para agregar e envolver os jogadores. Se tem algo que Felipão faz como ninguém é dar a todo o elenco uma sensação de pertencimento. A ideia era que Felipão formasse uma nova "Família Scolari", e que isso daria ao ótimo elenco verde as condições necessárias para brilhar. O título nacional meses depois corroborou o discurso e a troca no comando.
PALMEIRAS X FLUMINENSE
Motivo: Campeonato Brasileiro, 13ª rodada
Local e Horário: Allianz Parque, 19h
Árbitro: Savio Pereira Sampaio (DF)
Auxiliares: Daniel Henrique da Silva Andrade e José Reinaldo Nascimento Júnior, ambos do DF
VAR: Elmo Alves Resende Cunha, de Goiás
Palmeiras: Weverton, Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Renan; Danilo, Zé Rafael e Gustavo Scarpa; Raphael Veiga, Deyverson e Wesley (Rony). Técnico: João Martins
Fluminense: Muriel, Calegari, Manoel, Luccas Claro e Egídio; Wellington, Martinelli e Ganso; Luiz Henrique, Gabriel Teixeira e Abel Hernández (Fred). Técnico: Roger Machado
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