Palmeiras recebe Borja nesta segunda-feira como um problema a ser resolvido
Em 2017, foram cerca de 3 mil pessoas, segundo estimativas da Infraero. Desta vez, talvez um ou dois funcionários do Palmeiras tenham sido destacados para recepcionar Miguel Borja, 28, no Aeroporto de Cumbica. Após graduar-se no ensino médio, o colombiano retorna ao Brasil e ao Palmeiras para cumprir —ou não— mais 1 ano e 5 meses de contrato. E ao contrário de reforço, o jogador é hoje um problema a ser resolvido.
Diversas especulações circundam o nome do colombiano, que passou por dois períodos de empréstimo no Junior de Barranquilla (COL) torcendo para que seu time do coração conseguisse caixa para contratá-lo em definitivo. O Palmeiras sinalizou que até aceitava baixar a pedida de US$ 4,5 milhões por 50% dos direitos dele. Mas o Junior, apesar de muito querer, nada ofereceu.
Quem esteve mais perto de abrir uma negociação de fato foi o Boca Juniors (ARG). O UOL apurou que os argentinos sinalizaram com um valor pelo qual o Palmeiras topava se sentar à mesa. Mais uma vez, no entanto, uma oferta oficial, com papel timbrado e garantias, jamais foi enviada à Academia de Futebol.
E assim, Miguel Borja, que fez 33 gols nos 53 jogos disputados pelo Junior (COL) — três a menos do que fez em 112 jogos no Palmeiras —passa a ser opção de Abel Ferreira. O português, como ele mesmo já relatou, tem os pés atrás com o atleta, que colocou como condição para seu retorno em janeiro a garantia de inscrição na semifinal da Libertadores, que seria disputada naquele mês. Algo que o técnico prontamente negou-se a garantir sem nem ao menos vê-lo treinar.
Atacante garantiu lugar na seleção colombiana
Borja disputou a Copa América com a seleção da Colômbia neste mês de julho. Atuou como titular em duas partidas e fez um gol, contra o Peru. Fez também, em junho, dois jogos e um gol, contra a Argentina, no empate em 2 a 2, pelas Eliminatórias para a Copa de 2022. Foi ali que surgiu o interesse do Boca por sua contratação.
A avaliação que já vem desde a diretoria anterior no Palmeiras, no entanto, é de que Borja nunca chegou sequer perto de capitalizar os cerca de R$ 70 milhões investidos para que ele vestisse a camisa do clube, só em valores relativos à transferência.
Com salário anual indexado pelo dólar em US$ 1,2 milhão —ou seja, sujeito à oscilação da moeda, extremamente valorizado ante o Real— o atacante passa a onerar o clube em um montante impensável para o atual momento de contenção por conta da retração do caixa causada pela pandemia de covid-19.
Negociar o jogador é ponto de urgência. Mas quem pode pagar por ele, não quer comprá-lo. E quem quer contratá-lo, não pode arcar com os custos, que vão sendo absorvidos pelo Palmeiras, sem que haja muita esperança de amortização de perdas passadas e futuras.
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