Diretor do Corinthians abre o jogo sobre Roger Guedes: 'Está muito difícil'
Responsável pela direção do departamento de futebol do Corinthians, o cartola Roberto de Andrade abriu o jogo sobre a negociação do Alvinegro com o atacante Roger Guedes. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o cartola explicou que aguarda uma rescisão do atleta com o Shandong Luneng, da China, mas os asiáticos estão fazendo jogo duro.
"Não existe nada com o Roger Guedes. O Corinthians quer o Roger Guedes? Sim, o Corinthians quer o Roger Guedes. Qual é a situação hoje? Nenhuma situação diferente do que sempre foi. Ele possui vínculo com o time chinês e o time chinês não quer liberá-lo, pelo menos até este momento. Está muito difícil a liberação. Nem conversamos com ele, não há nada acertado, não há absolutamente nada acertado", afirmou o diretor de futebol do Corinthians.
De acordo com a apuração da reportagem, a fala de Roberto de Andrade é uma estratégia adotada pelo Corinthians para não dificultar ainda mais o andamento das negociações com o Shandong Luneng. Há duas semanas, a diretoria do Timão mantém contato diário com os representantes de Roger Guedes e monitoram de muito perto as tratativas com os asiáticos.
Assim como fez com Renato Augusto, que também negociava sua rescisão com um clube chinês, o Corinthians adota cautela com a situação de Roger Guedes. Como o jogador possui vínculo válido com o Shandong Luneng até o meio da próxima temporada, o Alvinegro não pode documentar qualquer tratativa com os representantes do jogador, já que poderia ser acusado de assédio. Por isso, a diretoria não revela detalhes da negociação.
"Estamos falando de futuro, né? Se acontecer no futuro, se acontecer aquilo, se acontecer isso, mas ainda não aconteceu. O torcedor cria expectativa. Perfeito, faz parte. Só que o torcedor nunca ouviu de um dirigente do Corinthians, seja eu, o presidente Duilio ou o Alessandro (gerente de futebol) jamais falamos uma coisa diferente. A expectativa são vocês (referindo-se à imprensa) que criam. Em rescisão não existe essa de avançar. Ou está rescindido ou tem contrato. O que é isso? Eu não entendo o que é. Sabemos como funciona o futebol, é difícil conseguir a rescisão com os chineses", cravou Roberto.
O diretor de futebol ainda foi questionado sobre os valores gastos para contratar o trio de jogadores. O cartola, que foi presidente do Corinthians de 2015 a 2018, explicou que o investimento está dentro do orçamento do clube e não caracteriza qualquer tipo de irresponsabilidade financeira, mesmo com uma dívida total próxima de R$ 1 bilhão.
''Ficamos seis meses sem contratar, limpamos os custos do departamento de futebol, tiramos os custos que estavam sobrando.Tiramos 17 jogadores de salários altos. O resultado disto foi economia, certo? Dentro do orçamento do clube, dentro das finanças do clube nós fizemos o que estava previsto. Não há falta de responsabilidade, foi tudo planejado. Ninguém é louco de fazer uma coisa que não conseguiria, jamais faria isso. Eu entendo que é melhor ter um ou dois de qualidade do que 17 jogadores. Tecnicamente é muito melhor", finalizou o dirigente.
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