Após anular eleição de Caboclo, Justiça permite assembleia da CBF na terça
Apesar de nesta semana ter anulado a eleição de Rogério Caboclo, feita em 2018, a Justiça do Rio não se opôs à realização da assembleia geral da CBF convocada para terça-feira (3). Entre outras coisas, a reunião entre as federações se propõe a validar a decisão que deve vir da Comissão de Ética do Futebol Brasileiro em relação à denúncia de assédio moral e sexual contra Caboclo. O dirigente está afastado temporariamente do cargo.
O juiz Mário Cunha Olinto Filho, autor da sentença de segunda-feira que anulou a eleição, emitiu mais uma decisão hoje (29) na qual explica por que não vê problema na realização da assembleia. Ele pontua que a reunião de terça "em nada interfere" no objeto inicial da ação judicial: reorganizar o estatuto da CBF com a participação dos clubes e realizar uma nova eleição presidencial na entidade.
O magistrado acrescentou que a assembleia foi "marcada para discutir a situação do presidente afastado e atos por ele praticados". Apesar da anulação da eleição de Caboclo, "há previsão de mantença transitória (temporária) dos que foram eleitos até que se realizem os novos atos". Ou seja, a estrutura na CBF continua funcionado. Na justificativa do juiz, para "evitar um caos ainda maior para a instituição".
Mário Cunha Olinto Filho nomeou dois interventores para tocar o ajuste estatutário e convocar a nova eleição presidencial. Tudo isso em um prazo, somado, de 60 dias. O magistrado acrescentou que "a intervenção se dá diante do objeto da demanda, qual seja, organizar nova assembleia para discutir a fórmula eleitoral, seguindo-se nova eleição e posse".
Os interventores nomeados foram os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos. Segundo a própria Justiça, eles terão que assinar o aceite na terça-feira, mesmo dia da assembleia. Mas ambos têm direito a rejeitar a missão, até porque, se toparem, ficam impedidos de serem candidatos no pleito.
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