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Palmeiras: Abel pode formar 84 trios de ataque diferentes para "decisões"

Breno, Dudu e Deyverson durante treino do Palmeiras - Cesar Greco/ Palmeiras
Breno, Dudu e Deyverson durante treino do Palmeiras Imagem: Cesar Greco/ Palmeiras

Diego Iwata Lima

30/07/2021 04h00

Os próximos cinco jogos do Palmeiras talvez formem a sequência mais crucial do time na temporada: começa com o São Paulo, pelo Brasileiro, um clássico, no sábado (31). Na sequência, o jogo que será seu respiro, por incrível que pareça, é contra o Fortaleza, o terceiro na tabela. Depois, vêm dois novos confrontos com o São Paulo, pela Libertadores, com nada menos que o vice-líder Atlético Mineiro entre eles.

E justamente para esses cinco confrontos —exceto para o primeiro—, Abel terá todos os seus atacantes livres de lesões e praticamente prontos para jogar. O que impede que se fale já em uma linha de atacantes 100% pronta é o fato de Borja, recém-chegado, e Luiz Adriano, em transição física, não estarem na melhor forma. Rony, que estava liberado, sentiu um desconforto muscular e deve ser poupado ao menos do clássico do sábado.

Não é preciso pesquisar muito para se concluir que não há na América do Sul, e até em muitos times da Europa, um técnico com tantas opções de ataque, e com tanta qualidade, como Abel Ferreira tem no Palmeiras. São nove atacantes no elenco, em ordem alfabética: Breno Lopes, Deyverson, Dudu, Gabriel Veron, Luis Adriano, Miguel Borja, Rony, Wesley e Willian. Haveria um décimo, mas Luan Silva está fora de combate por tempo indeterminado.

A tendência é que a partir do jogo contra o Fortaleza, os nove atacantes em atividade estejam aptos. Lançando-se mão de um cálculo estatístico chamado "arranjo", que costuma ser ensinado ainda no Ensino Médio, é possível concluir que Abel tem nada menos que 84 combinações de trios de ataque possíveis —isso se optar por um esquema com três atacantes de ofício. Pode escalar Rony, Deyverson e Wesley, por exemplo. Ou tirar Wesley para colocar Breno. Ou trocar Rony por Dudu, Deyverson por Luiz Adriano, e assim por diante, totalizando 84 formações distintas entre si.

Não bastassem os nove especialistas, Abel ainda tem Raphael Veiga como um híbrido. Com a ascensão de Scarpa, Abel procurou e encontrou um ótimo setor para seu meia da camisa 23, que está atuando pela direita do ataque. Desse modo, sabendo-se que o português pode optar também por uma dupla de frente, as possibilidades de formações ofensivas diferentes entre si passam de 300.

O time inteiro de Abel ataca

"O Abel me explicou que eu começo o jogo aberto, mas depois fecho pelo meio", disse Veiga, em entrevista ao UOL, ao explicar o que o técnico espera dele nas partidas. "Não sou um velocista, como Veron, que é um raio, ou o Breno. Sou um meia pela ponta ", completou Raphael.

Scarpa muitas vezes também aparece como atacante, assim como Zé Rafael, graças à constante movimentação do time, que permite a abertura de brechas para infiltrações surpresa.

A verdade é que o time inteiro do Palmeiras ataca. Ou, como Abel gosta de dizer, "o primeiro zagueiro é o centroavante, e o primeiro atacante, o zagueiro". Não é apenas discurso. Basta lembrar que, há pouco tempo o volante Danilo, num lance de atacante, apareceu na área para dar a vitória ao Palmeiras sobre o Internacional, em Porto Alegre, por 2 a 1, no Brasileiro.