Torcedor do Galo, japonês tem bar dedicado ao Brasil no centro de Tóquio
No Japão, Go Shukuguchi, de 46 anos, torce para o Cerezo Osaka, time atualmente comandado pelo técnico curitibano Levir Culpi. No Brasil, é Atlético-MG "desde criancinha" —e, nesse caso, registre-se que não se trata pela conexão direta com o ídolo atleticano Toninho Cerezo.
Fã de futebol, ele abriu há 16 anos um barzinho dedicado ao Brasil no distrito de Shibuya, um dos mais agitados de Tóquio. O bar é decorado com quadros, LPs antigos e uma série de cachaças mineiras. Lembra qualquer boteco brasileiro onde, pré-pandemia, podíamos nos aglomerar para tomar uma cerveja e beliscar uma coxinha.
Blen Blen Blen foi o nome escolhido para o bar, em homenagem à música de Carlinhos Brown que é trilha sonora do filme "O Milagre do Candeal", documentário gravado na favela do Candeal, em Salvador.
Go começou a se interessar por cultura brasileira a partir da música, principalmente o hip hop. Nascido na cidade de Ota, na província de Gunma, ele passou a visitar mais a cidade vizinha, Oizumi, que possui uma das maiores concentrações per capita de brasileiros, para garimpar discos. Ao se mudar para Tóquio, para cursar a universidade, trabalhou em uma loja de discos e depois atuou como DJ por um tempo —por isso os LPs no bar, muitos deles adquiridos em suas viagens de férias ao Brasil. "Amei o país, o povo tão gentil e amigável. Não tenho nem palavras", diz.
Amor por Minas Gerais
Mas Minas foi quem conquistou o japonês de vez - além da aguardente, itens da culinária mineira típica, como o famoso torresmo e o frango com quiabo, fizeram-no se apaixonar pelo país. Daí para o amor ao Galo foi apenas um pulo. "Tá no coração", diz ele, sorridente, destacando o símbolo do Clube Atlético Mineiro no lado esquerdo da camisa.
"Tenho um grande amigo brasileiro, mineiro. Nós assistimos a muitos jogos juntos: ele virou torcedor do Cerezo Osaka e eu virei do Galo também", conta GO ao UOL Esporte. Ele, inclusive já foi conheceu a Arena Independência, um dos dois principais palcos do futebol em Belo Horizonte.
O bar, que antes recebia festas embaladas a caipirinhas e música brasileira, precisou se adaptar ao estado de emergência na capital japonesa devido à pandemia.
Agora, Shukuguchi só abre durante o dia, servindo PFs à moda brasileira, como moqueca e feijoada. O preferido do japonês, que aprendeu o português ao longo dos anos de interesse pelo Brasil, é o feijão tropeiro. "É bom demais."
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