Vanderlei Luxemburgo pode ser quinto técnico do Cruzeiro em menos de um ano
A atual gestão do Cruzeiro anunciará em breve mais um treinador para comandar o clube na sequência da Série B do Campeonato Brasileiro. Mozart Santos, o último a ocupar o cargo, pediu demissão ontem (31) após não resistir a outro resultado ruim, o empate em casa com o Londrina, que fez a Raposa acumular nove partidas sem vitórias —seis empates e três derrotas. O preferido para a vaga é o experiente Vanderlei Luxemburgo, como antecipou o UOL Esporte na última semana e o próprio "Luxa" confirmou em entrevista à Rádio Capital, no dia 25 de julho.
Profissão de risco no Cruzeiro desde 2019, ser técnico do clube desde então mostra uma certeza: baterá recorde o profissional que permanecer por mais de 21 jogos no comando da equipe. Desde a saída de Mano Menezes, em agosto do ano do rebaixamento da Raposa, foram oito treinadores e um interino à frente do time, e só Felipão passou da marca de duas dezenas de jogos no clube.
Os treinadores pós-Mano Menezes na Toca II foram Rogério Ceni (oito jogos), Abel Braga (14), Adilson Batista (15, em 2019 e 2020), Enderson Moreira (12 ), Ney Franco (sete), o próprio Felipão (21 jogos), Felipe Conceição (19 jogos) e, por ifm, Mozart (13).
De todos esses nomes, seis trabalharam com a atual gestão —Enderson Moreira, Ney Franco, Felipão, Felipe Conceição e Mozart—, sendo que apenas Enderson não foi contratado pela gestão de Sérgio Santos Rodrigues. O presidente assumiu o clube em junho de 2020, quando Moreira já estava no cargo, contratado pelo Conselho Gestor.
Quinto treinador
Luxemburgo deve ser o quinto treinador contratado por Rodrigues. Plano A da atual diretoria, Luxa tem o nome aprovado por Pedro Lourenço, mecenas que tem injetado dinheiro e dado fôlego ao combalido caixa cruzeirense, já que o clube tem dívida perto de R$ 1 bilhão.
Caso Luxemburgo volte ao Cruzeiro, será a terceira passagem do treinador pela Toca II. A primeira, entre 2002 e 2004, gerou uma das fases mais vitoriosas de um clube brasileiro na mesma temporada. Em 2003, a Raposa conquistou a Tríplice Coroa, levantando os canecos do Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, feito àquela época inédito.
Luxa pós-Cruzeiro
A segunda passagem de Luxa pela Raposa terminou no dia 31 de agosto de 2015 após completar seis jogos sem vencer — estamos a um mês de um aniversário de seis anos da demissão.
Desde que saiu de Belo Horizonte, o treinador teve mais cinco trabalhos, contando as duas vezes que dirigiu o Vasco. Em nenhuma dessas jornadas Luxemburgo chegou à marca de 40 partidas. A passagem mais duradoura foi no Palmeiras, em 2020, quando atingiu 60,53% de aproveitamento em 38 jogos.
No fim de 2015, Luxa acertou sua ida para o Tianjin Quanjian, que disputava a Segunda Divisão da China. Contudo, ficou apenas 12 jogos por lá, com quatro vitórias, quatro empates e quatro derrotas. Em 2017, chegou em alta no Sport e deixou o time no G-6 do Brasileirão no primeiro turno. Contudo, teve uma queda brusca de rendimento e foi demitido em outubro com o clube perto do Z4.
Após quase dois anos parado, treinou o Vasco em 2019 e livrou o time do descenso. A diretoria queria renovar o vínculo, mas as partes não chegaram a um acordo e o treinador se transferiu para o Palmeiras. De volta ao clube paulista, conquistou seu único título desse período, o Paulistão de 2020. Dois meses depois, as atuações ruins no Brasileiro resultaram na queda de Luxa.
Faltando 12 jogos para o final do Brasileirão, o técnico voltou ao Vasco com a missão de salvar a equipe de mais um rebaixamento para a Série B. Sem sucesso, abriu mão de receber qualquer valor do Cruzmaltino e deixou o clube após vencer apenas três de dez jogos.
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