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Flu pede à Prefeitura 10% de público em 'evento-teste' da Libertadores

Torcida do Fluminense fez um mosaico no Maracanã para o duelo com o River Plate (ARG), na estreia na Libertadores 2021 - Reprodução Twitter Maracanã
Torcida do Fluminense fez um mosaico no Maracanã para o duelo com o River Plate (ARG), na estreia na Libertadores 2021 Imagem: Reprodução Twitter Maracanã

Do UOL, no Rio de Janeiro

06/08/2021 15h37

O Fluminense envia hoje (6) uma solicitação à Prefeitura do Rio para tentar uma liberação de público no jogo contra o Barcelona-EQU, pela Libertadores, na próxima quinta-feira (12). A resposta deve sair no máximo amanhã (7).

Segundo o presidente Mário Bittencourt, a ideia é fazer um evento-teste, só com aqueles que tiverem vacinação completa. A proposta feita pelo clube é preencher 10% de capacidade do Maracanã — que no dia seguinte receberá reforma do gramado —, mas sem cobrança de ingresso (seria só para sócio-torcedor).

"Estamos propondo que se aplique o protocolo da Prefeitura, que está válido a partir de setembro: que as pessoas com o ciclo completo de vacina possam ir ao estádio, no limite máximo de 4,5 mil pessoas, que é 10% da capacidade, tirando gratuidades, camarote, etc. Como se fizermos 10 ou 20 mil pessoas não teríamos retorno financeiro e entendemos que precisamos fazer um evento-teste, estamos propondo à Prefeitura que este seja um evento-teste com a participação da Prefeitura. Ou seja, o jogo do Fluminense na quinta-feira seria um evento-teste utilizado pelo Fluminense e pela Prefeitura para reabrir o Maracanã", explicou o Bittencourt, em uma live na FluTV.

O clube agora vai aguardar uma resposta da prefeitura, que prevê 50% do público em setembro. O órgão chegou a liberar 10% do público a pedido do Flamengo, para o jogo contra o Olímpia. Mas o rubro-negro achou pouco e transferiu a partida para Brasília, com cobrança de ingresso.

A visão do Fluminense é que com 10% de público, do ponto de vista financeiro, a operação é inviável. Como o protocolo prevê exame de covid, é preciso espalhar os torcedores com distanciamento, abrindo todo o anel do estádio. O pedido do Flu prevê abertura dos setores Oeste, Sul e Leste do Maracanã.

"E isso tem um custo muito alto. Entretanto, a gente entende que nesse momento a gente não pode querer única e simplesmente em resultado financeiro, mas na parte esportiva. E pensar também um ambiente de retorno para estarmos preparados para setembro", disse Mário Bittencourt, que explicou:

"Vamos agraciar o nosso sócio. Nossa proposta prevê regras firmes e duras, como por exemplo acessar o sistema de comprovação do ciclo de vacina e apresentar fisicamente. Pela nossa proposta, o ingresso será entregue três dias antes e não no dia do jogo".

Antes de enviar o ofício, Mário Bittencourt conversou com o secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, e também enviou mensagem ao prefeito Eduardo Paes. O Fluminense também entrou em contato com o Barcelona-EQU para se certificar de que o adversário não ficaria chateado se o Flu, que receberá o primeiro jogo, tivesse público em casa.

"Disse que poderíamos fazer um acordo de reciprocidade. "Se estiver liberado aqui e não estiver aí, eu não coloco aqui. Mas se não tiver aqui, e você também não coloca". Eles foram transparentes comigo, nos responderam por escrito e disseram para ficar à vontade. O Barcelona concorda, já que o nosso jogo é o primeiro daqui. Fizemos contato com o cônsul no Equador, o Pedro Menezes. Ele falou que a Covid lá é muito pior do que no Brasil, neste momento. E que o Barcelona tinha tentado ter público na fase de grupos e não teve êxito. Mas ele falou que haverá uma reunião na segunda-feira que vai dizer se vai ter público no jogo deles. Tendo conversado com o Barcelona, nos informando que não ficaria chateado, fomos em busca de criar um caminho para colocar público", explicou o presidente tricolor.

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