Presidente atende pedidos de mecenas, que volta a investir alto no Cruzeiro
O empresário do ramo supermercadista Pedro Lourenço voltou a fazer investimentos mais vultuosos no Cruzeiro após ter dito, em junho passado, que havia cortado relações com o presidente Sérgio Santos Rodrigues. Chamado de mecenas da Raposa, "Pedrinho BH", como também é conhecido, reconsiderou sua decisão de rompimento com Rodrigues após ter os seus pedidos mais recentes atendidos. O investidor havia ficado insatisfeito quando Mozart — demitido no fim de julho — foi contratado para assumir o comando técnico do clube, mas a chegada de Vanderlei Luxemburgo mudou o cenário da relação entre o dirigente e o patrocinador.
Partiu de Lourenço, como antecipou o UOL Esporte, a indicação de Luxemburgo, que assumiu o comando celeste na última semana e estreou com vitória, encerrando um jejum de nove partidas da equipe na Segundona. Para contratar Luxa, "Pedrinho BH", que bancará financeiramente o treinador, aportou cerca de R$ 9 milhões para quitar pendências salariais deste ano com atletas e funcionários administrativos. Os valores começarem a ser repassados aos trabalhadores como pagamento dos atrasados deste ano. Valores referentes ao ano de 2020 ainda terão que ser quitados.
A informação do pagamento parcial dos salários atrasados foi adiantada pela Rádio Itatiaia e confirmado pelo UOL. De acordo com apurações da reportagem, atletas e funcionários das Tocas I e II começaram a receber os atrasados. Os assalariados lotados em funções nas sedes sociais — sede Pampulha e Barro Preto — ainda não foram contemplados.
Chegada de Luxa
Uma das exigências de Luxemburgo para aceitar o convite do Cruzeiro foi o pagamento dos salários atrasados e a manutenção dos pagamentos futuros em dia. A Raposa, que está na 15ª colocação com 16 pontos, venceu logo na estreia do treinador — bateu o Brusque de virada por 2 a 1 — e o clima no centro de treinamento começa a ser outro pelo triunfo e com os acertos salariais.
"Falei que a maior contratação que o Cruzeiro fez foi colocar os funcionários e os jogadores recebendo. Muda completamente [o ambiente], porque o clube cumpre com as obrigações dele, e os jogadores são obrigados a cumprir. Não que eles estivessem jogando de sacanagem. É emocional, parte psicológica. Isso foi uma coisa muito boa", disse Luxemburgo.
O gerente de futebol Ricardo Rocha, apresentado oficialmente hoje (10), também falou sobre os salários atrasados. O dirigente lembrou sobre as punições da Fifa, o transfer ban, que geram impedimento de novos registros de atletas ao Cruzeiro. Há dívidas de aproximadamente R$ 13 milhões pela contratação do colombiano Riascos, em 2015, e do meia uruguaio Arrascaeta, no mesmo ano. O Mazlatán, do México, e o Defensor Sporting, respectivamente, cobram pelas contratações.
"Com esse dinheiro, se puder pagar aos jogadores que nós temos, eu prefiro que pague aos jogadores. Não adianta pagar a Fifa, não ter dinheiro para terminar o ano, não pagar os jogadores e contratar outros que não vai conseguir pagar. Você tem que passar confiança aqui. É isso que queremos, é isso que o Vanderlei deixou claro na entrevista. Eu prefiro que a gente pague aos nossos jogadores e a todos que trabalham no Cruzeiro", opinou Rocha.
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