Rafael Oliveira: Flu surpreende por estar nas quartas da Libertadores

O Fluminense volta a disputar hoje (12), às 21h30 (de Brasília), as quartas de final da Copa Libertadores após oito anos. O retorno nesta fase do mata-mata da competição será contra o Barcelona-EQU, que tem feito uma campanha regular e fechou a fase de grupos na liderança em uma chave que também contava com Boca Juniors e Santos. O primeiro duelo acontece no Maracanã e a partida de volta será na próxima quinta-feira (19), em Guayaquil.

No Fim de Papo Libertadores, Rafael Oliveira analisou que o Tricolor surpreendeu ao chegar às quartas de final da competição continental porque tem oscilado muito ao longo desta temporada e alertou que o time de Guayaquil passa por um bom momento, uma vez que venceu os seus últimos cinco jogos (quatro pelo Equatoriano e um pela Libertadores).

"O Fluminense estar aqui é surpreendente, estar nas quartas é surpreendente. No início da temporada, era muito difícil imaginar, até porque o grupo da primeira fase era muito complicado. Então, seria natural o Fluminense ficar pelo caminho. O Fluminense não tem um dos principais elencos, não era um dos times mais convincentes em termos da forma de jogar. Agora que os resultados e atuações não estão sendo bons, muito tem se questionado o modelo. Aí, eu concordo, não que não deva ser questionado, mas acho que o desempenho do Fluminense está aquém do que o time já apresentou na temporada", analisou.

"Mas eu concordo com o que o Roger [Machado] falou, na entrevista neste fim de semana, que o modelo é o mesmo que trouxe sucesso ao longo do ano. Não é que o Fluminense tenha passado a jogar de uma outra forma. O Fluminense pode executar melhor ou pior o modelo, mas é um time que se defende na maior parte do jogo, exige muito dos seus meias abertos neste trabalho defensivo para compensar a presença de dois veteranos na parte central do campo. É verdade que o Nenê em parte da temporada até tem uma dedicação muito grande para virar um terceiro meio-campista no momento sem bola, mas essa ajuda dos pontas, dos garotos, sempre foi fundamental ao longo da temporada nos melhores momentos", acrescentou.

No último domingo (8), após a derrota para o América-MG, a terceira consecutiva do Flu no Brasileirão, o treinador Roger Machado admitiu que o time é projetado para ser mais seguro na defesa e por isso é preciso ser eficiente nas poucas oportunidades que cria.

O comentarista do UOL Esporte apontou que o rendimento do Fluminense cai com a ausência do atacante Caio Paulista, que trata uma lesão na coxa direita e deve ser baixa pelo restante do mês. Com isso, o atleta deve ficar fora dos jogos contra o Barcelona de Guayaquil e o Atlético-MG, pelas quartas Copa do Brasil.

"O Fluminense dos bons resultados era um time que muitas vezes passava a maior parte dos jogos no campo de defesa, sofrendo até mais finalizações do que criando no campo de ataque. E teve um aproveitamento muito alto na fase de grupos na própria Libertadores pelas chances criadas. Criou e definiu, aproveitou o pouco que criou, conseguiu resultados e isso levou o Fluminense até aqui. Não é uma questão de contestar, de achar que o modelo mudou, o modelo pode não estar funcionando neste momento recente. Aí tem um problema que acho que é grande, que é o Caio Paulista, que é um destes jogadores de lado de campo, talvez o mais vertical, com maior potência física para esta chegada à frente, e isso faz falta. E vai pegar pela frente o Barcelona que tem qualidade para fazer, inclusive, mais esse jogo de ida de volta", comentou.