Seleção tem Hulk no radar e mudanças no ataque para "ser mais brilhante"
Tite identificou problemas nos processos de criação e construção de jogadas da seleção brasileira durante a disputa da Copa América, em que perdeu a final para a Argentina há pouco mais de um mês. Para corrigir a rota e tornar o futebol da equipe mais "brilhante e vistoso" nos próximos desafios, promoveu algumas mudanças no setor ofensivo.
Douglas Luiz, Éverton Cebolinha e Vini Jr não foram convocados para três rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar, enquanto Bruno Guimarães, Matheus Cunha, Claudinho e Raphinha tiveram chances. É a primeira convocação dos dois últimos nomes deste quarteto, aliás. Segundo o treinador — que admitiu até o nome de Hulk, do Atlético-MG, no radar —, é preciso dar oportunidade para quem se destaca.
"Vamos procurar melhorar o processo criativo, para que em alguns momentos ele possa ser de um futebol mais brilhante e mais vistoso, mas sem perder o processo de consistência e evolução. Esse é o nosso objetivo também", disse, antes de completar:
"Se dizemos que precisamos de jogadores mais criativos na meia-direita, meia-esquerda, onde as jogadas acontecem de forma decisiva, precisamos fomentar esses jogadores para que possam produzir. É ali na zona 14, como dizem os acadêmicos. No meu tempo, o espaço do 8 e do 10."
Questionado sobre a boa fase de Hulk no Atlético-MG, Tite falou o seguinte: "Claro que os grandes atletas que estão performando em alto nível, sim, estão sempre sendo acompanhados. Falar desses atletas especificamente... ele [Hulk] está dentro do rol que buscamos de todos que estão se destacando." A seguir, o auxiliar César Sampaio afirmou que Hulk está na "lista larga" de jogadores observados e que "a concorrência é árdua mesmo"
Entre os convocados, as principais novidades ofensivas são Raphinha, Claudinho e Matheus Cunha. Sobre o primeiro, Tite elogiou sua "característica técnica de drible acentuada". Já a respeito da dupla, o treinador fez uma observação conjunta sobre a evolução: "São jogadores em crescimento. Em cinco ou seis meses esses atletas jovens crescem de forma extraordinária e damos essa oportunidade."
Como publicou o UOL Esporte após a Copa América, a seleção brasileira terminou a campanha com o ataque em xeque e "pedindo" novos testes. Dos sete convocados, Neymar foi o único que completou todos os jogos em que foi titular, enquanto o restante não convenceu e foi quase sempre substituído. As mudanças são uma resposta ao problema que Tite admitiu.
"Tem uma base já pronta [de seleção brasileira] que estabeleceu dentro da Copa América alguns objetivos. O título não conquistou, mas teve 23 atletas que participaram de toda a competição, diversificou dupla de ataque, modificou estrutura básica ofensiva por vezes colocando cinco atletas na zona ofensiva, trouxe sempre 4-4-2 na fase defensiva e diferentes composições de meio-campo para das oportunidade. Seu processo criativo e de construção que na Copa América foi problema de ajuste, oscilou em momentos importantes também pelas modificações que eram nosso objetivo. A partir de agora vamos restabelecer o rumo das nossas Eliminatórias, com 2,7 gols por jogo e solidez defensiva que em seis jogos tomou dois gols. Trazer esses exemplos e conduzi-los compete a nós."
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