Abel diz que árbitro se desculpou e ataca bandeira: 'quis ser protagonista'
O técnico Abel Ferreira mostrou sua insatisfação com a arbitragem ainda dentro de campo. Indignado com a expulsão de Patrick de Paula após o atleta escorregar e acertar Jair aos 35 minutos do primeiro tempo, o comandante reclamou demais e também recebeu o cartão vermelho. Na coletiva após a derrota para o Atlético-MG por 2 a 0 neste sábado (14), o treinador relevou que o problema não foi o árbitro Bruno Arleu de Araújo e sim com o assistente Rodrigo Figueiredo Henrique Correa.
Em diversas respostas, Abel fez questão de explicar que o bandeira, mesmo estando distante da jogada, alertou o árbitro para marcar a falta e aplicar o segundo amarelo ao jogador do Palmeiras. Além disso, o comandante também contou que foi ele o responsável por sua expulsão.
"Posso dizer que, hoje em dia, o futebol é muito sério. Dedicamos muito esforço e trabalho, somos profissionais. Espero que, no futuro, os árbitros também possam ser profissionais para fazer um grande jogo e um grande trabalho. Tinha tudo para ser um grande jogo contra o Atlético, tínhamos uma estratégia bem definida, de entrar de uma maneira e, com cinco substituições, acelerar no final de jogo. O senhor Rodrigo Correa, assistente, que errou. O árbitro tinha tomado uma boa decisão, mas o bandeira dá uma instrução para expulsar o Patrick. Esse mesmo senhor foi quem me expulsou. Não satisfeito em interferir, mesmo estando a 40 metros de distância, pediu para me expulsar. O árbitro, vendo que errou, me pediu desculpa, mas agora não adianta", revelou.
"Tinha tudo para ser um grande espetáculo, com duas grandes equipes. Infelizmente, houve um erro. Não foi do árbitro, e sim do bandeira, que quis ser protagonista do jogo. Não só Patrick, mas também me expulsou. Todos temos um pouco de arrogância dentro de nós, e eu assumo a minha. Mas o árbitro pediu desculpa e ficamos sem os três pontos", comentou em outra resposta.
O treinador ainda pediu a profissionalização da arbitragem no futebol brasileiro. "Em relação à arbitragem, há espaço para melhorar. São árbitros amadores, que não são profissionais. Espero que possam viver só disso, que é ser árbitro, eles não vivem disso", comentou.
Apesar de a equipe ter atuado por cerca de 60 minutos com um homem a menos, o treinador não acredita que isso será uma dificuldade a mais para o compromisso desta terça-feira (17), às 21h30. O Verdão recebe o São Paulo no Allianz pela partida de volta das quartas da Libertadores e precisa vencer ou empatar sem gols para avançar no torneio. "O que não nos mata, nos deixa mais forte. Os jogadores sabem que eu confio neles, o quanto nos preparamos mentalmente e como vale a regra das 24 horas (comemorar ou sofrer com o resultado apenas por este período). Nós, daqui três dias, estaremos preparados para o grande jogo que temos em casa. Que se tenha 3 grandes equipes dentro de campo", emendou.
Para completar, o treinador também explicou as entradas de Rony, Danilo Barbosa, Zé Rafael e Luan no intervalo da partida. "Depois de ter visto a primeira parte e sabendo do jogo decisivo daqui a três dias, assumi a responsabilidade de fazer essas quatro alterações por questões físicas e por saber que seria muito difícil reverter o resultado. Deixei o time mais alto, que poderia fazer um gol em bola parada. Mas eles controlaram o jogo e fizeram dois jogos em cruzamentos do Arana", finalizou.
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