Como Raphinha pode contribuir na busca da seleção por mais criatividade?
O meia-atacante Raphinha foi a principal novidade da convocação de Tite para os jogos da seleção brasileira contra Chile, Argentina e Peru nas próximas rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar. Aos 24 anos, ele começa sua segunda temporada no Leeds United, da elite do futebol inglês, e se candidata a ser uma das soluções para os problemas ofensivos que a seleção apresentou na disputa da Copa América.
Como mostrou o UOL logo após o vice-campeonato, os meias e atacantes do Brasil saíram do torneio em xeque, e o setor "pediu" novos testes na sequência do trabalho. Tite ouviu: admitiu problemas nos processos de criação e conclusão de jogadas e convocou quatro jogadores diferentes no setor, sendo dois estreantes: Claudinho e o próprio Raphinha.
A novidade da seleção nunca jogou profissionalmente no Brasil. Foi formado nas categorias de base do Audax e do Avaí até ser vendido para o futebol português em 2016, aos 19 anos, por 600 mil euros (R$ 2,7 milhões na cotação da época). Foram três transferências até chegar ao Leeds por 45 vezes este valor quatro anos depois. No Campeonato Inglês 2020/2021 foram seis gols e nove assistências em 30 jogos, além da capacidade para o drible que chamou atenção.
Essa virtude é uma das coisas que Tite planeja explorar na seleção em nome de mais criatividade ofensiva. Raphinha é canhoto e atua preferencialmente pelo lado direito do Leeds, com a tendência de trazer a bola para o centro e dar corredor para o lateral. Na seleção, quem vai até a linha de fundo é geralmente o lateral-esquerdo e não o direito, o que significa que o jogador terá que se adaptar ao sistema de jogo já consagrado ou então jogar pela esquerda, o que também fez em alto nível no futebol inglês e não seria nenhuma surpresa.
É um atleta com característica técnica de drible acentuada, é um do assistentes da Premier League e de seu time, com número de gols decisivos, não o terceiro e quarto. Terceiro e quarto gol na pelada eu faço também (risos), mas ele tem participação efetiva no 0 a 0 ou no 1 a 0 contra. Traz componentes técnicos e velocidade do externo. Tomara que se confirme também nessa convocação."
Tite, ontem, sobre a convocação de Raphinha
Daniel Alves volta à seleção para os jogos contra Chile, Argentina e Peru após quase dois anos de ausência, e a tendência é que seja titular. Como ele está acostumado a ser um lateral chamado por Tite de construtor, ou seja, que se alinha ao meio-campo e arma por dentro, é possível que Guilherme Arana seja escalado na esquerda. Assim, Raphinha jogaria como ponta pelo lado direito para tentar jogadas de velocidade e habilidade no um contra um.
Uma adaptação da formação da final da Copa América mostraria uma escalação assim do meio para frente: Casemiro, Fred (Bruno Guimarães) e Lucas Paquetá; Rafinha, Neymar e Richarlison (Matheus Cunha). Os treinamentos a partir do dia 1º de setembro mostrarão para Tite o melhor caminho.
A necessidade de mudanças vai além do resultado na Copa América. Neymar foi o único que completou todos os jogos em que foi titular, enquanto o restante não convenceu e foi quase sempre substituído. Além dele, apenas Richarlison, Roberto Firmino e Gabigol estão entre os atacantes que fizeram gols entre os 12 marcados pelo Brasil ao longo do torneio.
Os outros - Gabriel Jesus, Éverton Cebolinha e Vini Jr - passaram em branco. Tite passou a competição toda buscando soluções que terminou não encontrando. Os dois últimos foram destaques negativos e não foram nem sequer convocados desta vez.
Com Raphinha entre as novidades, a expectativa é de melhora nos desafios de setembro.
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