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Chapecoense empata com América-MG e completa 16 jogos sem vencer

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/08/2021 22h06

O empate por 1 a 1 entre Chapecoense e América-MG reflete bem o equilíbrio da partida na noite desta segunda-feira (16), no encerramento da 16ª rodada do Brasileirão, na Arena Condá, em Chapecó (SC).

A equipe da casa agora já iguala o Avaí como clube com mais tempo à espera de uma vitória pelo campeonato, na era dos pontos corridos. Em 2019, o rival catarinense, que somava sete pontos nesta altura da competição, superou o Fluminense apenas na 17ª jornada. O empate também a mantém na lanterna do torneio, com apenas cinco pontos, metade do Grêmio, que é o penúltimo. Com 15 pontos, o clube mineiro vem logo acima, na 18ª colocação.

A próxima partida do Verdão do Oeste será neste sábado (21), às 17h, contra o Atlético-GO, fora de casa. Já o Coelho entra em campo na segunda-feira (23), às 20h, para receber o Bragantino no Independência.

Homenagem, quase-expulsão e lesão

Um dos sobreviventes do desastre aéreo com a Chapecoense em 2016, Alan Ruschel deixou o time em fevereiro deste ano e ganhou uma placa de agradecimento antes da partida. Mas o reencontro do jogador com a Arena Condá não foi dos melhores.

Recuperando a posição de titular no Coelho, o defensor deu um carrinho por trás para impedir Geuvânio de puxar o contragolpe aos 12 minutos. O jogador foi expulso pelo árbitro Douglas Schwengber da Silva, mas o VAR solicitou revisão. Após a consulta ao monitor, que gastou cinco minutos ao todo, a decisão foi revertida e ele recebeu somente o amarelo.

No entanto, ele deixou o gramado logo em seguida. Reclamando de dores no joelho, o atleta foi trocado por João Paulo.

Neto e Ruschel na Arena Condá - 2021 - Márcio Cunha/Chapecoense - Márcio Cunha/Chapecoense
Em homenagem, Neto entrega placa para Alan Ruschel
Imagem: Márcio Cunha/Chapecoense

VAR controla partida

Aos 18 minutos da segunda etapa, o árbitro de vídeo Jean Pierre recomendou a revisão de um lance no qual o defensor Kadu, na corrida, acerta o cotovelo em Ramon. Após muita análise no monitor, o juiz de campo decidiu por mostrar o vermelho direto ao defensor, que já tinha o amarelo.

Na cobrança da falta de Ademir, a bola passou por toca zaga até encontrar Eduardo Bauermann, que esticou a perna e bateu para o gol. No entanto, o VAR viu o atleta em posição irregular durante a cobrança e anulou o tento.

Expulsão melhora o jogo

Com um a mais, o Coelho saiu mais para tentar a vitória. Aos 24, Ademir recebeu passe açucarado de Patric, mas finalizou por cima. Aos 28, Fabrício Daniel deu uma puxada na bola dentro da área e Keiller conseguiu afastar. O time da casa também respondeu com Bruno Silva, com uma finalização rasteira na sequência.

O jogo mais aberto favoreceu o time da casa, de todo modo. A Chape conseguiu balançar a rede aos 41 minutos. Anderson Leite aproveitou que o goleiro Matheus Cavichioli saiu jogando errado e recuperou a bola. O volante abriu para Mike, na direita, e foi para a área. No cruzamento, apareceu bem para cabecear para o fundo da rede.

Mas não era a vitória da Chape

A torcida do clube catarinense nem teve muito tempo para se animar. A seca de vitórias segue na cidade de Chapecó. Seis minutos depois, já no terceiro de acréscimo, o time mineiro conquistou o empate com Rodolfo, depois de muito insistir. A jogada se iniciou na tabela entre Geovane e João Paulo, que cruzou na área para o atacante completar.

Bruxa estava solta

O time da casa precisou gastar uma substituição antes do intervalo. O técnico Pintado colocou Felipe Baxola na vaga de Denner, que caiu no gramado aos 35 minutos com muitas dores e precisou sair de maca. Felipe não atuou nem por 45 minutos, pois saiu de campo aos 26 do segundo tempo, mas por opção de Pintado.

Geuvânio vai bem, mas cansa

Atuando aberto pela direita, o atacante foi responsável por criar as principais chances do Verdão do Oeste. Também esteve envolvido no lance que quase rendeu a expulsão para Ruschel. Atuou bem na primeira etapa, mas, curiosamente, o lance de maior perigo veio do outro lado, com Fernandinho, que driblou Bauermann e Patric, porém chutou em cima do goleiro. Aos 34, conseguiu entrar bem na área, mas demorou demais para finalizar e Patric conseguiu cortar. Antes disso, aos 23, também havia aberto espaço, mas finalizou para longe da meta.

Ademir, bem marcado

O meio-campista é o responsável por dar criatividade ao meio-campo da equipe mineira, mas foi praticamente anulado pela forte marcação. Quando conseguia espaço, encontrava bons passes ou chutava firme ao gol, como fez aos 48 do primeiro tempo. Conseguiu aparecer mais para a partida quando seu time ficou em vantagem numérica.

Poucas chances

O duelo entre Chape e América-MG teve poucos lances de emoção na primeira etapa. Com um nível técnico baixo, os times pouco criaram. Os visitantes tiveram duas boas chances para abrir o placar antes ir ao vestiário, enquanto o time da casa, apenas uma.

A prova que o primeiro tempo não agradou é que tanto o técnico Pintado como Vagner Mancini vieram com mudanças dos vestiários. Bruno Silva entrou no lugar de Fernandinho pela Chape e Rodolfo no de Chrigor, pelo América-MG. As alterações não tiveram nenhum impacto. Diferentemente do que aconteceu com a expulsão, que deixou a partida bem mais agitada.

Ficha técnica

CHAPECOENSE 1 x 1 AMÉRICA-MG
Data: 16/08/2021
Local: Arena Condá, em Chapecó (SC);
Hora: 20h (de Brasília);
Árbitro: Douglas Schwengber da Silva (RS);
Auxiliares: Leirson Peng Martins (RS) e Lucio Beiersdorf Flor (RS);
VAR: Jean Pierre Goncalves Lima (RS).

Gol: Anderson Leite, aos 41' do primeiro tempo, para a Chapecoense e Rodolfo, aos 48' do segundo tempo, para o América-MG.

Cartões amarelos: Kadu (CHA); Alan Ruschel (AMG).
Cartão vermelho: Kadu (CHA).

Chapecoense: Keiler; Matheus Ribeiro, Jordan, Kadu e Busanelo; Anderson Leite, Alan Santos, Denner (Felipe Baxola, depois Mike) e Geuvânio (Moisés Ribeiro); Fernandinho (Bruno Silva) e Anselmo Ramón (Joílson). Técnico: Pintado.

América-MG: Matheus Cavichioli; Patric, Eduardo Bauermann, Ricardo Silva, Ramon e Alan Ruschel (João Paulo); Alê (Juninho), Ademir e Felipe Azevedo (Geovane); Chrigor (Rodolfo) e Fabrício Daniel (Isaque). Técnico: Vagner Mancini.