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André se destaca, e Flu de Marcão melhora na defesa com volta de 'tripé'

André é destaque do Fluminense nos últimos jogos, e volta do "tripé" no meio fez o time melhorar  - NAYRA HALM/ESTADÃO CONTEÚDO
André é destaque do Fluminense nos últimos jogos, e volta do "tripé" no meio fez o time melhorar Imagem: NAYRA HALM/ESTADÃO CONTEÚDO

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/08/2021 04h00

O Fluminense não venceu, mas a volta de Marcão ao comando deu esperanças para a sequência da temporada. No empate com o Atlético-MG, líder do Brasileirão, o Tricolor mostrou evolução tática. A volta do "tripé" no meio de campo melhorou a defesa, com um destaque: o volante André.

Herói do Fla-Flu na Arena Corinthians, o jogador passou a ter mais chances na reta final da passagem de Roger Machado. Destaque nas divisões de base do clube, em Xerém, o jovem de 20 anos precisou de um pouco mais de tempo para aparecer no time, mas agora pinta como solução para os problemas do Tricolor.

À frente da zaga, por trás de uma linha de quatro jogadores, André já havia dado mais consistência à marcação nos últimos jogos com Roger no comando. Agora, entretanto, repete função que foi de Hudson com Odair Hellmann e o próprio Marcão em 2020. Contra o Galo, teve ótima atuação, bem como contra Internacional, Barcelona-EQU e Cerro Porteño, últimas chances que teve no time titular.

Se não fosse a lesão do veterano, que rompeu o ligamento cruzado do joelho e segue em longa recuperação, o volante de 20 anos poderia estar em outro grande clube do Rio de Janeiro. O Botafogo se interessou por ele, e quando o negócio estava para sair do papel, foi a contusão de Hudson que impediu a saída de André.

Em 2021, o jovem mostra ótimos números, com quase cinco roubadas de bola por jogo e alto acerto nos passes. Técnico, André qualifica o passe na saída de bola, outra mudança contra o Atlético-MG, quando o Fluminense evitou as bolas longas e tentou mais saídas por baixo.

Além disso, seu posicionamento permitiu que Yago e Martinelli fossem também desafogo pelo meio do campo, o que aumentou a participação deles e reduziu o excesso de passes para trás e para o lado. Como resultado, Egídio e Samuel Xavier ficaram mais livres para dar profundidade.

Refeito o tripé que era base do time competitivo da última temporada, o meio de campo ficou bloqueado para o ataque adversário, que precisou usar as bolas alçadas na área pelas pontas, naturalmente mais difíceis. Assim, a zaga também voltou a crescer. Nino teve grande atuação, e Luccas Claro também foi bem no jogo aéreo e em encaixes de marcação, usando força e velocidade, suas virtudes.

Agora, o treinador precisará cuidar do ataque, que não convenceu. Nonato pode ser opção para melhorar a ligação, e Gabriel Teixeira, embora tenha perdido a chance do jogo, mostrou que o Flu pode explorar mais as diagonais do que insistir em abrir excessivamente os pontas e distanciá-los de Fred. Desafios que Marcão terá que resolver para fazer a equipe sair da briga contra o rebaixamento no Brasileirão e avançar na Copa do Brasil.

Flu vê esperança na Copa do Brasil

Mal das pernas no Brasileirão, o Flu agora vira a chave para o mata-mata. Em que pese ter saído na frente e moldado o jogo ao seu estilo, a equipe de Marcão teve pontos a se destacar, como peças que tiveram boa participação individual, como André, Nonato e até o contestado Lucca.

Para o jogo de quinta-feira, o treinador terá o colombiano Jhon Arias, última contratação do clube, à disposição. Regularizado, ele pode ser uma válvula de escape para o time, que se ressentiu de mais criação ao atuar de maneira reativa — como deve ser o panorama contra o mesmo Galo.

O maior reforço, entretanto, deve ser o retorno de Caio Paulista. O atacante sofreu lesão muscular grave e ficou fora da equipe por um mês, momento que, coincidência ou não, é o pior do Flu em toda a temporada. Além disso, Fred, que deixou o jogo de segunda (23) com dores, não preocupa o departamento médico, e deve novamente comandar o ataque.

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