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Vasco convive com 'ciranda' no time na Série B, e Lisca busca identidade

Jogadores do Vasco durante treinamento no CT Moacyr Barbosa - Rafael Ribeiro/Vasco
Jogadores do Vasco durante treinamento no CT Moacyr Barbosa Imagem: Rafael Ribeiro/Vasco

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

27/08/2021 04h00

Mais do que encontrar soluções para os notórios problemas que o Vasco apresenta, o técnico Lisca busca dar à equipe uma identidade. Saber o time de cor — do goleiro ao ponta esquerda —, tem sido missão complicada aos torcedores em meio às constantes mudanças causadas pelos mais diversos motivos. Após a semana de trabalho, inclusive, o duelo com a Ponte Preta, domingo (29), em São Januário, ganha um peso ainda maior.

Logo que desembarcou no Rio de Janeiro, o treinador manteve a equipe nos dois primeiros compromissos, contra o Guarani, na Série B do Campeonato Brasileiro, e São Paulo, pela Copa do Brasil. Depois, porém, as alterações se toraram rotina, e em quase todos os setores.

Entre lesões, suspensões, opções táticas e até mesmo técnicas, a 'ciranda' aconteceu também sob o comando de Marcelo Cabo — demitido em 17 de julho —, e vem acompanhando o Vasco ao longo de toda a campanha na Segunda Divisão. Até aqui, a equipe da Colina teve poucos indícios de ter achado o chamado time-base.

Recortando apenas a Série B, Lisca comandou o Cruz-Maltino em sete partidas — foram três vitórias e quatro derrotas — e, após a estreia, diante do Bugre, realizou alterações entre os 11 titulares nas seis partidas seguintes, somando o total de 21 modificações neste período, contanto até mesmo com improvisos.

Depois do duelo com o Londrina, em São Januário, o treinador admitiu a dificuldade em encaixar a equipe e salientou que precisaria de tempo para trabalhar. Uma das preocupações do comandante, inclusive, é com o setor defensivo. No início da competição, Léo Matos, Ernando, Castan e Zeca formavam a linha de zaga, mas, com o passar dos jogos, os zagueiros Miranda e Ricardo Graça, o lateral Riquelme, e até o meia MT, improvisado na ala, chegaram a atuar por ali.

"Não estamos achando essa química para o time ser mais competitivo. Hoje é lamentar e pedir desculpas para o torcedor do Vasco. Talvez, tenhamos de fazer um futebol mais simples, mas estamos muito vulneráveis, estamos tomando muitos gols. Tem muita coisa ruim, muita coisa errada. Eu, como treinador, ainda não consegui encaixar aqui no Vasco", admitiu.

O meio e o ataque não ficam para trás neste quesito. Nestes casos, houve até mudanças no esquema. No meio, Andrey, Galarza, Bruno Gomes, Romulo, Juninho e Michel já tiveram oportunidade, além de Marquinhos Gabriel, Sarrafiore e o já citado MT, agora, na posição de origem. Na frente, Cano, Morato, Leo Jabá, Gabriel Pec e Figueiredo começaram o jogo em chances anteriores.

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