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Com coadjuvantes mal, Flu perde poder de fogo mesmo em boa fase de Fred

Fred vive boa fase, mas Fluminense perdeu poder de fogo e tem 3º pior ataque do Brasileirão - Thiago Ribeiro/AGIF
Fred vive boa fase, mas Fluminense perdeu poder de fogo e tem 3º pior ataque do Brasileirão Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

29/08/2021 04h00

A sequência de resultados adversos do Fluminense já dura seis jogos, e os problemas se somam dos dois lados do campo. Se a defesa vive mau momento e vê a média de gols sofridos aumentar, o ataque também perdeu poder de fogo mesmo com a boa fase de Fred.

Na última semana, o camisa 9 igualou dois recordes históricos de Romário para se tornar o maior artilheiro da Copa do Brasil e o segundo da lista de todos os tempos do Brasileirão. Com cinco gols nos últimos seis jogos —todos de pênalti—, o atacante chegou a 17 na temporada. As marcas são significativas no clube, ainda que a fase da equipe não seja boa.

"Ele é um cara com esse nome todo, com esse tamanho, essa idade, estar fazendo tudo que está fazendo, ele merece todas essas marcas possíveis. O clube inteiro está focado em ajudá-lo para bater essas marcas, por tudo que ele representa e fez pelo Fluminense, ele merece todo esse reconhecimento de vocês", disse Marcão após a derrota para o Atlético-MG.

O problema é que seus coadjuvantes vivem má fase. Artilheiro do Tricolor em 2020 com 20 gols, o meia Nenê foi barrado por Roger Machado e não voltou ao time mesmo com a mudança no comando técnico.

Marcão até deu oportunidades ao veterano no segundo tempo dos dois jogos que comandou, mas o jogador de 40 anos não repete em 2021 o nível de atuações que o fez ser a referência do time na última temporada. São apenas cinco gols, embora as sete assistências já superem o número de 2020. Por opção tática, Nenê deixou o time titular, que agora repete o tripé de volantes que deu consistência à equipe desde a passagem de Odair Hellmann.

Abaixo de Fred na lista de "artilheiros" do Flu em 2021 está seu reserva, Abel Hernández, que tem sete bolas na rede. O uruguaio, entretanto, tem apenas um gol nos últimos 15 jogos que disputou. Depois, com cinco, Nenê empata com Gabriel Teixeira, que convive com críticas da torcida por chances claras perdidas em jogos importantes contra Palmeiras, Barcelona-EQU e Atlético-MG.

Kayky, que teve sua ida antecipada ao Manchester City, e Caio Paulista, fora da equipe por lesão há mais de um mês, marcaram quatro gols, como o volante Yago, elemento surpresa do time de Roger Machado e mais adiantado com Marcão. Além deles, Ganso (3), John Kennedy, Lucca e Nino, com dois gols cada, balançaram as redes mais de uma vez em 2021.

No Brasileirão, o Fluminense tem apenas 13 gols em 16 jogos, terceiro pior ataque da competição —empatado com Juventude e América-MG. O número só é superior a Sport e Grêmio, ambos na zona de rebaixamento. Na 16ª posição, o Tricolor volta a campo na segunda (30), às 19h, contra o Bahia, no Maracanã, pela 18ª rodada.

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