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Santos chega a 5 partidas sem vitórias e amarga agosto repleto de problemas

Fernando Diniz durante partida contra o Flamengo - Fernanda Luz/AGIF
Fernando Diniz durante partida contra o Flamengo Imagem: Fernanda Luz/AGIF

Colaboração para o UOL, de São Paulo

29/08/2021 04h00

Fernando Diniz chegou ao Santos em maio com a missão de manter a presença quase que garantida do Alvinegro entre os classificados para a Libertadores. Foi assim em quatro das cinco últimas edições do Brasileirão, mas não está sendo a realidade desse momento complicado do time na competição.

Em 11º lugar, o treinador é cobrado pelo desempenho apresentado nos últimos jogos. Em termos de Campeonato Brasileiro, são quatro jogos consecutivos sem vencer. Contando todas as competições, o Peixe não sabe o que é uma vitória há cinco jogos, desde a partida de ida contra o Libertad, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana. Foram duas vitórias nas nove partidas disputadas em agosto.

O desempenho destoa muito do começo do Santos no Brasileirão. Diniz completou ontem (28), com a goleada por 4 a 0 aplicada pelo Flamengo, 30 jogos à frente do Santos. São 11 vitórias, oito empates e 11 derrotas. Seis dessas vitórias vieram no começo da trajetória do treinador, quando o time embalou uma sequência de três vitórias consecutivas e a torcida chegou a brincar com o "dinizismo".

O que aconteceu nesse percurso que fez o Santos ficar distante das primeiras colocações do Brasileiro, cair na Sul-Americana e estar ameaçado na Copa do Brasil? O UOL Esporte listou cinco obstáculos enfrentados pelo Santos nessas últimas semanas. Confira:

A saída de Kaio Jorge

O mês de agosto na Vila começou com a última vitória do Santos no Brasileirão —1 a 0 em cima da Chapecoense— e a saída de Kaio Jorge para a Juventus. O time italiano pagará um total de R$ 24,6 milhões pelo atacante de 19 anos. Kaio foi chamado por Diniz como um dos "pilares" do time e vinha fazendo uma boa temporada pelo Peixe: foram oito gols e três assistências nas 28 partidas que disputou desde o início do Paulistão.

O hematoma de Marinho

Outro pilar do Santos, Marinho não entra em campo desde a derrota diante do Atlético-GO, no final de julho. Contra a Chape, ele cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo, e na véspera do clássico contra o Corinthians foi constatado um hematoma na coxa esquerda que o tirou das partidas desde então. Sem Marinho, o Santos marcou seis gols em oito jogos.

Os vários lesionados

Além de Marinho, o Santos conta com mais sete jogadores em seu departamento médico. O caso mais recente foi o do zagueiro Kaiky, que sofreu uma lesão de grau 2 no reto femoral. A lista segue com Luiz Felipe (edema na coxa), Zanocelo (lesão de grau 1 na coxa), Sandry e Jobson (processo de recondicionamento físico), e John e Kevin Malthus (recuperação após cirurgias no joelho).

Os reforços que não jogam

O Santos se mexeu durante essa janela de transferências, trouxe Augusto Galván, Matías Lacava, Jandrei, Diego Tardelli e Leo Baptistão. Nenhum deles foi relacionado para o jogo com o Flamengo. Com isso, sobra responsabilidades para a base, como é o caso de Pirani, surpresa na escalação de ontem, mas que fez uma boa partida. O fato de ter sido o único jogador a falar com a imprensa na saída de campo não pegou bem entre os torcedores.

O próprio Diniz

Durante a entrevista coletiva de ontem, a maioria dos comentários no canal do Santos no YouTube pediam a demissão de Fernando Diniz. Entre as queixas dos torcedores com o treinador está a justificativa dada por ele pelo resultado elástico do Flamengo: "tirando um pênalti que não foi pro Flamengo, e dois gols que nós demos, o Flamengo só fez um gol na gente".

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