Marcão muda esquema e abre leque de opções no ataque do Fluminense
O Fluminense já passa por um momento de mudanças significativas em campo. Desde que assumiu o cargo de técnico, após a demissão de Roger Machado, Marcão ampliou as alternativas no setor de criação para o ataque, o setor que causa maior angústia ao torcedor tricolor.
Isso pôde ser comprovado na vitória sobre o Bahia por 2 a 0, ontem (30), no Maracanã, no encerramento da 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Novas caras vêm ganhando oportunidades e mostrando que são peças de credibilidade no elenco. Figura bastante questionada na temporada, Lucca é o jogador que está despontando com Marcão. E agora ele ganhou a companhia do colombiano Jhon Arias como opções em busca de eficácia à frente.
Lucca foi a solução encontrada para o lugar de Caio Paulista, o jogador que mais vem sofrendo com lesões no elenco. Contra o Bahia, ele marcou o gol de falta que abriu o placar e foi um dos destaques da partida. Ele já vinha ensaiando uma reação sob o comando nos dois jogos do Flu sob comando o comando de Marcão.
"O Lucca é um cara que entrega. Ele passou muito tempo fora da equipe e, logo quando assumi, precisei dele. E ele estava pronto para ajudar. É um jogador cujos alguns movimentos não saem nos números. Para muitos que não conseguem acompanhar, ele é jogador que não produz. Mas, para a gente, ele trabalha muito, é de vestiário, do dia a dia e está sempre nos ajudando, empurrando", disse o técnico.
Jhon Arias, por sua vez, atuou pela primeira vez como titular e ganhou a confiança de Marcão. "Gostei muito do Arias, ele evoluiu absurdamente. Ele vai nos ajudar muito no decorrer do campeonato. Pode jogar por dentro, pelo lado. Bem trabalhado, a nossa equipe vai colocá-lo em condições de ajudar ainda mais."
Além dessas caras novas, Marcão tem usado Luiz Henrique como titular nas últimas partidas. Ele, porém, não enfrentou o Bahia por estar suspenso. Nas extremidades do ataque, além de Caio Paulista, o nome preferido do antecessor Roger Machado era Gabriel Teixeira, que também está entregue ao departamento médico.
Outro fator que tem contribuído para a descoberta de novas peças para o ataque é a mudança de esquema tático. Com Marcão, o Fluminense reforçou seu meio-campo e tem atuado com um trio de volantes, formado por André, Martinelli e Yago. Para isso, ele explicou que precisou abrir mão de jogadores de articulação, como Nenê e Cazares.
"No Brasileiro, com as equipes bem niveladas em ordem técnica e tática, a gente optou por usar esse tripé. Acho que ficou forte na marcação por dentro, e foi importante passar esse jogo sem sofrer gol", explicou. "Com esse tripé, a gente precisava de homens de bastante profundidade. O Lucca entrega isso, o Arias também. Todos os que estão aqui são bem analisados no treinamento. Essa é a minha base: como o atleta se porta no treinamento juntamente com a estratégia do jogo."
O modelo de Marcão vem deixando os armadores sem espaço. O veterano Nenê, por exemplo, já não é titular do time há seis jogos. Participou de apenas 30 minutos de jogo nesse período e nem entrou em campo contra o Bahia. Cazares atuou por mais tempo e entrou no fim da partida de ontem (30), mas não deve entrar na lista de preferidos do treinador. Foi dele a cobrança de falta que originou o segundo gol, marcado por Bobadilla.
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