Rafinha lamenta vandalismo em protesto de torcedores do Grêmio: "Prejudica"

O lateral direito Rafinha lamentou o vandalismo e a confusão que ocorreram durante o protesto de torcedores do Grêmio, ontem (1º), na reapresentação dos jogadores no CT Presidente Luiz Carvalho. Segundo ele, ações como esta não agregam ao ambiente do clube.

"Claro que a gente sabe que nosso momento não é dos melhores, mas nada justifica uma ação como a gente recebeu aqui. O torcedor tem todo direito de cobrar, às vezes xinga, vaia. Quer falar o que quiser? Não tem problema nenhum? Mas a partir do momento em que parte para outro lado, como tacar pedra e fogos de artifício? Quebraram vidro do carro de duas tias da cozinha. Isso foge da legitimidade, perde total a razão", disse.

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"A gente aceita a cobrança, entende o desconforto da torcida, entende a paixão e frustração de todos, mas ninguém aqui está brincando. Todo mundo está lutando para sair dessa situação. Torcedor tem direito de cobrar, mas não dessa forma. A gente torce para não acontecer mais, pois isso prejudica", completou.

Ontem, grupos de torcidas organizadas se reuniram em frente ao CT Presidente Luiz Carvalho e realizaram protesto por conta da campanha no Brasileirão. A Brigada Militar foi acionada para escoltar jogadores na chegada ao local. Segundo apurou o UOL Esporte, houve tentativa de invasão ao centro de treinamentos. Segundo a Rádio Gaúcha, o número estimado de pessoas no ato ficou entre 150 e 200 torcedores.

Um grupo de torcedores forçou a entrada em portão secundário da instalação, às margens da BR-290. O Batalhão de Choque da polícia gaúcha dispersou as pessoas.

"É uma situação triste para todos nós. Ninguém quer passar por isso. Tem garotos que estão começando, mas quem é mais experiente sabe que o torcedor é movido por paixão. Que o torcedor não quer ver o clube nessa situação, mas a gente também não. É ruim passar por isso. A forma de protestar tem limite. Quando vai para esse lado, da agressão ou podendo ferir alguém, foge dos padrões. Nada justifica isso", lamentou.

"Não é porque o time está na zona de rebaixamento que o torcedor pode tacar pedra, jogar rojão. Não aceito, não concordo. Somos seres humanos, trabalhadores. Esperamos que isso não aconteça mais. Essa forma não é a forma certa, isso acaba prejudicando a gente", finalizou.

O Grêmio quer banir os envolvidos no ato. De acordo com o presidente Romildo Bolzan Jr., o clube tem auxiliado a polícia a identificar torcedores que arremessaram pedras e rojões contra o ônibus da delegação e instalações do centro de treinamentos e vetar tais pessoas no convívio do Tricolor.