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Neto revela que é 70% autêntico e 30% 'personagem' na televisão

Craque Neto em entrevista para o canal do Youtube Desimpedidos - Reprodução / Desimpedidos
Craque Neto em entrevista para o canal do Youtube Desimpedidos Imagem: Reprodução / Desimpedidos

Colaboração para o UOL

03/09/2021 12h38

Viralizar já é costume para o "Craque Neto". Com opiniões polêmicas, comentários 'sincerões' e até 'chiliques', o apresentador faz do seu programa "Os Donos da Bola" um prato cheio para as redes sociais.

Em entrevista para o canal do Youtube Desimpedidos, o ex-jogador é perguntado se o "Neto da televisão" é a mesma pessoa que o "Neto da vida real" ou um ator. O ídolo do Corinthians não optou por nenhum dos extremos, definiu sua postura como "70 a 30".

"Eu só entendi o ator dentro de mim a partir do momento em que eu virei meme, quando o Corinthians ia perder o título para o Palmeiras [em 2017]. Antes eu era quase 100% Neto. Mas [atualmente] 70% é José Ferreira Neto e 30% virou um personagem", conta.

Neto ainda revelou que se inspira em Luiz Carlos Alborghetti, jornalista falecido em 2009, para construir o seu "personagem".

Nas redes sociais, os comentários irreverentes do "craque" se destacam por conseguir "furar a bolha do futebol" e entreter pessoas que estão distantes da modalidade. Perguntado se gostaria de apresentar um programa de auditório que não tivesse qualquer relação com o esporte, o craque foi incisivo: "eu estou preparado para isso".

"Se eu fosse a Globo, eu levaria eu no lugar do Faustão. Eu tenho certeza que se a band me desse um programa assim, eu explodiria. Se eu fosse a Fazenda, da Record, eu ia ser apresentador, não a Galisteu. Eu não tô preparado pra ser um Danilo Gentili, um Bial. Mas para programa de auditório, eu seria, sinceramente, com todo respeito, porque eu não me comparo a ele, o Chacrinha".

Outra das razões que fazem de Neto um sucesso na internet é o seu posicionamento firme em relação a pautas sociais. O ex-jogador, que acredita que tem "a obrigação" de se posicionar, criticou atletas que não fazem o mesmo.

"Jogador de futebol sempre foi alienado em relação a isso: 'ah não posso falar de política porque sou jogador'. Po, ele pode e ele deve. A gente nunca falou de racismo, de homofobia, de xenofobia, de gordofobia",

O apresentador também comenta a postura do Governo Federal e do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia. Ele afirma que o contexto atual faz com que o posicionamento de figuras públicas seja necessário.

"E aí tem um governo que acha que a vacina não presta. Tenho um governo que alglomera, um presidente que sai de cavalo, sai de moto, e muita gente acha que isso é o correto. E se os cientistas falam que a vacina é o maior bem para sobreviver, e mais de meio milhão de pessoas morrem, e eu não morri porque eu tenho plano de saúde, eu tenho que me posicionar".