Tite compara montagem da seleção para 2022 a cozinhar bolo: "É um processo"
Tite usou uma analogia inusitada para responder sobre a expectativa do torcedor por melhores atuações da seleção brasileira — apesar da liderança das Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar com 100% de aproveitamento em sete jogos, ainda há críticas sobre o desempenho. De acordo com o treinador, a equipe está num processo de montagem com o objetivo de viver a plenitude técnica em 2022.
"Às vezes eu assisto programas de gastronomia em que se faz nas receitas um processo de construção. Você faz a base do bolo, do recheio, progride para a parte do glacê e vai construindo. Para fazer uma analogia é um pouquinho assim que se faz futebol. Eu gostaria que as coisas fossem apressadas e tal, mas não são. É um processo, um desenvolvimento todo para que no final chegue num futebol que atinja sua plenitude, com criação, gol, solidez defensiva, vitórias e que venha também a beleza, que é a cereja do bolo. Fui bem nessa do bolo ou não (risos)?", brincou, dirigindo-se a outros membros da comissão técnica presentes na sala de entrevistas, hoje (4), em São Paulo.
O próximo desafio da seleção brasileira será amanhã, às 16h, contra a Argentina, em jogo atrasado da sexta rodada das Eliminatórias. Sob o comando do treinador há cinco anos, o Brasil nunca perdeu um jogo classificatório para a Copa do Mundo.
Tite não revelou a escalação da seleção para este desafio, mas é certo que haverá pelo menos uma mudança, porque Marquinhos está suspenso pelo acúmulo de cartões amarelos. Há possibilidade de outras mudanças por causa do mau desempenho na vitória por 1 a 0 sobre o Chile na quinta-feira. Diante da Argentina, o treinador espera evolução e cita um aspecto que pode fazer diferença: o estado do gramado.
"O espetáculo vai ficar muito melhor, não pouco. O espetáculo de uma forma geral. A importância que tem o gramado do Corinthians e qualquer um nessas condições. Juninho [Paulista, coordenador da seleção] está aí e todos os atletas, 99% pedem: 'por que não jogamos sempre no campo da Arena [Neo Química Arena, estádio do Corinthians]? Porque eles querem o bom jogo, o bom espetáculo, o bom gramado. Velocidade de raciocínio e execução, aquela fraçãozinha de segundos se dá com campo bom."
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