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Arão volta ao meio-campo para ajudar em bom começo de Renato no Flamengo

Willian Arão tenta jogada do Flamengo em partida contra o Santos pelo Brasileirão - Alexandre Vidal
Willian Arão tenta jogada do Flamengo em partida contra o Santos pelo Brasileirão Imagem: Alexandre Vidal

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

07/09/2021 04h00

Entre as estrelas do elenco do Flamengo, um "silencioso" Willian Arão se reinventou pela segunda vez na temporada para ajudar o começo do técnico Renato Gaúcho na Gávea. Solução para a zaga sob o comando de Rogério Ceni, o jogador voltou a ocupar a posição de origem, como volante, e ajudou a compor um setor que buscava ajustes após a saída de Gerson, vendido ao Olympique de Marselha, da França.

Na estreia de Renato pelo Rubro-Negro, no duelo com o Defensa y Justicia, pela Libertadores, Arão estava suspenso devido à expulsão contra a LDU. No primeiro jogo em que esteve à disposição, contra o Bahia, pelo Brasileiro, a mudança já foi promovida e não mais desfeita. De lá para cá, ele só esteve fora do jogo com o Ceará, também por suspensão, e contra o ABC, pela Copa do Brasil, quando o Fla utilizou time reserva

De fato, os números de Arão são positivos nas partidas mais recentes, e houve evolução em quesitos como passes certos e posse de bola. Segundo o site "Foostats", em números gerais da equipe da Gávea no Brasileiro, por exemplo, ele é o segundo em passes, interceptações e rebatidas, além de ser o terceiro em desarmes. Na Copa do Brasil, é o primeiro em passes, desarmes e lançamentos, e o segundo em interceptações e rebatidas. Já na Libertadores, com índices mais modestos, tem mais destaque ao ser o quarto em passes e o terceiro em lançamentos.

Com Jorge Jesus, em 2019, Arão passou a atuar como primeiro volante e integrou a espinha dorsal de uma equipe do Flamengo que empilhou conquistas. À época, apontado como "patinho feio" fez, inclusive, a torcida esquecer o então xodó Cuellar.

No trabalho de Domènec Torrent, ocupou a mesma função. Mas com Ceni, uma mudança drástica. O treinador recuou Arão para a zaga, setor que encontrava problemas e via nomes como Gustavo Henrique e Léo Pereira não conseguirem engrenar. Assim, o camisa 5 passou a formar dupla com Rodrigo Caio no time titular, tendo Gerson e Diego à sua frente.

"A temporada passada nos sinalizou de forma extremamente positiva quando fizemos essa alteração, com Arão na zaga e Diego no meio. Foi quando o time teve bons momentos na competição. Acho que ele vem rendendo", disse Ceni, certa vez, ao explicar a opção.

Logo que Renato chegou, porém, voltou com o jogador para a posição de proteção da linha defensiva — colocando o zagueiro Gustavo Henrique entre os 11 iniciais. Além dos problemas defensivos, um dos desafios do treinador seria, justamente, encontrar um esquema que pudesse suprir a saída de Gerson, e conseguiu isso com Arão e Diego.

Atualmente, para o setor, o elenco tem o jovem João Gomes, apontado como uma das revelações do clube, e Thiago Maia.

Curso de treinador

Aos 29 anos, aposentadoria ainda não parece estar no radar de Arão, mas o jogador já se prepara para o período depois que pendurar as chuteiras. Em entrevista à FlaTV, pouco depois de desembarcar na Gávea, Renato Gaúcho revelou que o volante e outros dois integrantes do elenco fazem o curso da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para se tornarem técnicos.

"O conselho que eu daria é que se quiserem ficar de cabelos brancos ou carecas, que sigam a profissão de treinador (risos), que não é nada fácil. Estive conversando com alguns outro dia... Filipe [Luis], Diego e Arão são os três que estão fazendo curso na CBF para se tornarem treinadores e têm grandes chances. São pessoas inteligentes, que gostam de trocar ideias na parte tática, principalmente. Como têm sido grandes jogadores, tenho certeza que vão se dar muito bem como treinadores também", disse.