Anvisa sugere punição a Andreas Pereira, do Flamengo, por furar quarentena
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) voltou a entrar em cena no futebol. A agência já havia sido responsável pela suspensão de Brasil x Argentina pelas Eliminatórias da Copa. A bola da vez é Willian, do Corinthians, que poderá até ser preso se descumprir as regras e entrar em campo neste domingo contra o Atlético-GO. No entanto, a situação poderá respingar também no Flamengo.
É que todos esses imbróglios têm algo em comum: jogadores que deixaram a Inglaterra com destino ao Brasil. Quem chegar ao país dessa forma precisa preencher o TCSV (Termo de Controle Sanitário do Viajante) assumindo o compromisso de cumprimento das medidas sanitárias, incluindo 14 dias de isolamento.
Foi justamente isso que fez a Anvisa interromper o clássico sul-americano já que quatro argentinos (Emiliano Buendía, Damian Emiliano Martinez, Giovani Lo Celso e Cristian Gabriel Romero) entraram no Brasil após passagem pela Inglaterra e furaram a quarentena ao irem ao estádio para a disputa da partida.
O mesmo motivo é o que impede a estreia de Willian no Corinthians, contra o Atlético-GO, neste domingo. Ele estava na Inglaterra e assinou os termos da Anvisa, mas quebraria a quarenta se tiver presença comprovada no duelo.
Com o Flamengo a situação é um pouco diferente. É que Andreas Pereira foi o primeiro caso, antes ainda do duelo entre brasileiros e argentinos, e passou batido pela fiscalização da Anvisa. O jogador participou, inclusive com gol, na goleada sobre o Santos, no dia 28 de agosto. A questão é que ele chegou ao Brasil no dia 20 do mesmo mês e, portanto, deveria estar ainda em quarentena.
Há registros públicos da participação de Andrea na partida, o que comprova o não cumprimento das regras. A Anvisa admite que só teve conhecimento da situação pela imprensa e pede punição ao atleta e demais envolvidos.
"Neste caso, o jogador ingressou no Brasil no dia 20/08 e também preencheu o TCSV, com o compromisso de cumprimento das medidas sanitárias dispostas na Portaria 655/21, incluindo a quarentena obrigatória de 14 dias, por ter passado pelo Reino Unido nos últimos 14 dias antes da sua entrada no Brasil.
Diante dos fatos, a Anvisa comunicou o CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) local para adoção das medidas sanitárias cabíveis, no sentido de punir o jogador e os demais envolvidos na organização da partida, sem prejuízo da avaliação quanto à responsabilização civil, administrativa e penal dos envolvidos".
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