Freguesia para o Bayern escancara 'novo' Barça fragilizado sem Messi
O poderoso Barcelona passa por uma reformulação história. É que, após 17 anos, o clube se viu sem sua principal estrela: Lionel Messi. Os torcedores se perguntavam quem poderia assumir a dura missão de substituir o maior jogador culé de todos os tempos. Na prática, ainda não há uma resposta, o que ficou evidenciado na dura derrota por 3 a 0 para o Bayern de Munique na estreia das equipes na Liga dos Campeões.
É que, além de todo o impacto da saída de Messi, o argentino não foi o único a deixar o clube. E se ampliar o escopo, a situação fica ainda mais complicada. Em setembro de 2020, Luiz Suárez não renovou e fechou com o Atlético de Madrid. No mesmo mês, Arturo Vidal se transferiu para a Inter de Milão.
Foram muitos jogadores de destaque deixando a equipe: Arthur, Semedo, Rafinha, Rakitic e Pjanic. Mais recentemente quem causou surpresa foi Antoine Griezmann, contratado junto ao Atlético de Madrid com pompas em 2019 com direito a pagamento de multa rescisória de 120 milhões de euros (R$ 505 milhões na cotação da época).
O francês, no entanto, não rendeu o esperado. Em entrevista ao canal de televisão Esport 3, Joan Laporta, presidente do Barcelona, rasgou elogios ao francês, explicou por que Griezmann não deu certo no time catalão.
"Não vi uma atitude criticável sequer dele. É um grande jogador. Não se encaixou no nosso sistema, mas sempre teve uma grande atitude. Futebolisticamente, não era o atleta que necessitávamos. Poderia ter dado mais certo", lamentou.
E agora?
Ter Stegen, Piqué, Busquets, De Jong, Alba são os remanescentes de um período mais dourado do Barcelona. A eles se juntaram o veterano Sérgio Agüero, o inconstante Menphis Depay e ainda teve o retorno de Philippe Coutinho, que tem ficado na reserva. Muito pouco. Tanto que o técnico Ronald Koeman mandou a campo contra o Bayern sete jogadores muito jovens: Ronald Araujo (22 anos), Eric Garcia (20 anos), Mingueza (22 anos), Demir (18 anos), Gavi (17 anos), Pedri (18 anos) e Balde (18 anos).
Um dos líderes do elenco, Piqué chamou a responsabilidade após a derrota para os alemães. Segundo ele, o Barcelona precisa entender o momento, mas ter confiança na evolução do trabalho. O zagueiro deixou claro que o time está longe de ser um dos favoritos para a temporada, mas que os jogadores vão evoluir e dar nova cara em pouco tempo.
"Acredito que o resultado foi justo. Jogando em casa, resultado ruim. Nossos erros trouxeram dano. Dentro da temporada esperamos que possa encorpar. Estou convencido que isso vai acontecer. Hoje existe uma diferença entre os times [Barcelona e Bayern], está muito claro. Temos jogadores que podem nos dar alguma coisa, mas precisamos ser mais competitivos", disse.
"Sei que não estamos entre os favoritos, mas somos uma boa equipe. Ate o fim da temporada, as coisas podem mudar muito. Chelsea, ano passado, não era favorito e levou o título. Futebol muda rápido. Eles [Bayern] jogam juntos há tempos, e nós estamos começando. Tivemos muitos garotos em campo. Essa é a nossa realidade de momento. Mas somos o Barcelona e tenho certeza que vamos competir. Mas agora é isso", completou.
Vale lembrar que o Barcelona ganhou apenas um dos últimos seis confrontos com o Bayern de Munique: em 2015/16, no primeiro jogo das semifinais, por 3 a 0 —mas levou a virada no duelo de volta. No restante, são cinco triunfos alemães e um empate recentemente.
Apesar da péssima estreia na Liga dos Campeões, o Barcelona tem bom início no Campeonato Espanhol. Após três jogos, a equipe soma duas vitórias e um empate, ocupando a sétima colocação com uma partida a menos —que poderá colocá-lo com a mesma pontuação dos líderes da competição.
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