Ricardo Teixeira tem derrota no CAS e segue banido do futebol pela Fifa
A Corte Arbitral do Esporte (CAS) negou a apelação feita pelo ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, contra a decisão da Fifa de bani-lo do futebol pelo resto da vida.
Em julho de 2019, o Comitê de Ética da entidade também aplicou uma multa de 1 milhão de francos suíços pela violação do artigo 27 do Código de Ética, que trata de suborno. Com a decisão publicada hoje (14) pelo CAS, instância máxima da Justiça Desportiva mundial, fica confirmada a pena aplicada ao dirigente brasileiro, que renunciou à presidência da CBF em março de 2012.
A apelação de Teixeira ao CAS foi feita em 20 de dezembro de 2019, sob alegação de que a Fifa não teria jurisdição para julgá-lo. A tentativa, com isso, foi anular a decisão.
Um painel montado pelo CAS conduziu uma audiência em 24 de fevereiro de 2021, após vários adiamentos em decorrência da pandemia. Na deliberação, o CAS "confortavelmente" concluiu que Ricardo Teixeira violou o artigo que trata de suborno e determinou que a decisão da Fifa foi proporcional, considerando os valores de propina em questão.
Em 2019, a Fifa puniu Teixeira após constatar que ele recebeu US$ 7,7 milhões em propinas pelos contratos da Libertadores, da Copa América e da Copa do Brasil. Teixeira foi um dos alvos do Fifagate, o escândalo de corrupção que veio à tona em 2015 após investigação do FBI.
Na decisão do Comitê de Ética da Fifa consta que US$ 4,2 milhões foram recebidos pelos contratos da Libertadores, entre 2006 e 2012. Além disso, US$ 1 milhão foi ganho com a Copa América e outros R$ 10 milhões (US$ 2,5 milhões, na conversão feita na época ) foram obtidos em propinas pela Copa do Brasil.
O CAS ainda levou em conta que Teixeira teve comportamento intencional e deveria servir como um modelo em razão da sua posição proeminente no futebol internacional.
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